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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66616
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Título: | Lignina alcalina da madeira de Clarisia racemosa: avaliação toxicológica e esquistossomicida in vitro e sua utilização como excipiente no desenvolvimento de formulações contendo praziquantel |
Autor(es): | CAVALCANTE, Lucas Andrade Oliveira |
Palavras-chave: | Ligninas; Biomaterial; Schistosoma mansoni |
Data do documento: | 26-Fev-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CAVALCANTE, Lucas Andrade Oliveira. Lignina alcalina da madeira de Clarisia racemosa: avaliação toxicológica e esquistossomicida in vitro e sua utilização como excipiente no desenvolvimento de formulações contendo praziquantel. 2025. Dissertação (Mestrado em Morfotecnologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | Ligninas são macromoléculas versáteis com inúmeras aplicações na indústria, incluindo na tecnologia farmacêutica. Compostos naturais, derivados de espécies vegetais da região amazônica, tem sido explorados como potenciais antiparasitários e no isolamento de ligninas aplicadas à indústria farmacêutica e biomédica. Clarisia racemosa é endêmica na região amazônica e não tem sido explorada em estudos biológicos e farmacológicos, além disto estudos preliminares de segurança toxicológica são fundamentais para sua aplicação na indústria farmacêutica, incluindo de lignina como excipiente de medicamentos. Praziquantel (PZQ) é única droga recomendada pela Organização Mundial da Saúde para controle e tratamento da esquistossomose, infecção causada por helmintos do gênero Schistossoma spp., acomete cerca de 264 milhões de pessoas e é responsável por 200.000 óbitos todos os anos. Apesar de seguro e eficaz, PZQ apresenta limitação físico-químicas, incluindo solubilidade aquosa e liberação. Assim, objetivamos isolar e caracterizar a lignina alcalina de Clarisia racemosa, sua avaliação toxicológica e esquistossomicida in vitro e utilização como excipiente na produção de comprimidos contendo PZQ. A lignina alcalina foi isolada e caracterizada da madeira de C. racemosa. A extração da lignina foi realizada usando extração ácida seguida de deslignificação. A lignina obtida foi caracterizada e foi verificado que sua estrutura é do tipo GSH, composta predominantemente por unidades G (65,41%). Além disso, foi identificada estabilidade térmica e baixo peso molecular. Em seguida, foram realizado ensaios in vitro de atividades antioxidante, citotoxicidade, hemolítica, imunomoduladora e esquistossomicida. A lignina exibiu atividade antioxidante moderada em ensaios de DPPH, ABTS, NO e OH. Além disso, demonstrou baixa toxicidade em diferentes linhagens de mamíferos (viabilidade >95%) e ausência de hemólise. As propriedades imunomoduladoras promoveram a proliferação celular, modulando citocinas anti-inflamatórias (IL-4, IL-10) e ativação de células imunes, demonstrando um perfil Th2. A atividade esquistossomicida reduziu a motilidade de casais de vermes adultos de Schistosoma mansoni com mortalidade de 65% após 120h (500 µg/mL) e alterações tegumentares. Como excipiente farmacêutico, a lignina mostrou-se um biomaterial promissor, capaz de promover a liberação controlada de PZQ em comprimidos (40.1 ± 0.41 min) e boas propriedades físico-químicas apresentando friabilidade otimizada (0.93± 0.02%) em relação a comprimidos sem lignina (0.18 ± 0.0%). Os resultados destacam a biossegurança toxicológica in vitro da liginina e contribuem para a indústria farmacêutica ao demonstrar seu potencial na produção de comprimidos sustentáveis para o tratamento da esquistossomose. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66616 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Morfotecnologia |
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DISSERTAÇÃO Lucas Andrade Oliveira Cavalcante.pdf | 2,16 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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