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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66568
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Título: | Menstruação, gênero e poder: uma análise crítica sobre como os estudos feministas e de gênero da sociologia brasileira pensam a questão |
Autor(es): | AMORIM, Alice Soares de |
Palavras-chave: | Menstruação; Sociologia brasileira; Feminismo negro; Colonialidade do saber; Epistemologia menstruante |
Data do documento: | 19-Ago-2025 |
Citação: | AMORIM, Alice Soares de. Menstruação, gênero e poder: uma análise crítica sobre como os estudos feministas e de gênero da sociologia brasileira pensam a questão. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Serviço Social) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | Esta monografia analisa a produção sociológica brasileira sobre menstruação entre 1996 e 2022, investigando as dimensões de raça, classe, gênero a partir de uma perspectiva feminista negra e contracolonial. O percurso investigativo se desenvolveu a partir de dois ciclos de Iniciação Científica (2023-2024 e 2024-2025), sob orientação da Prof.ª Dra. Vívian Matias dos Santos, investiga a produção sociológica brasileira sobre menstruação publicada entre 1996 e 2022 nos periódicos de Sociologia classificados como Qualis A1 e A2. Ancorada em epistemologias feministas negras, no pensamento decolonial e contracolonial, e nas críticas transfeministas à cisnormatividade, a pesquisa parte de um compromisso acadêmico e político com o deslocamento das margens para o centro do debate. O objetivo geral é analisar como os estudos feministas e de gênero da sociologia brasileira abordam e tensionam a relação entre menstruação, teorias de gênero, raça e feminismo, buscando compreender como o fenômeno é construído como objeto de pesquisa e quais epistemologias orientam essa construção. Para tanto, os objetivos específicos consistiram em: (i) mapear a produção acadêmica sobre menstruação, observando sua distribuição temporal e territorial; (ii) identificar a presença de influências das lutas políticas; e (iii) examinar fundamentos teóricos, lacunas e potencialidades dessas produções. A metodologia seguiu uma perspectiva indisciplinada (Mombaça, 2016), composta por três etapas: levantamento bibliométrico no banco de dados HYPATIA; análise geopolítica e corpo-política; e interpretação situada e parcial das publicações. Os resultados apontam que, embora a menstruação tenha conquistado espaço no debate público a partir de 2021 — especialmente com a Lei nº 14.214/2021 sobre saúde menstrual, sua presença na sociologia brasileira segue restrita, marcada pela colonialidade do saber, pela centralidade geopolítica e racial da produção e por uma normatividade que silencia corpos trans, indígenas, negros e periféricos. Conclui-se que incorporar esses saberes e experiências é fundamental para olhar a menstruação sob a lente capaz de deslocar a cisnormatividade, a branquitude e a colonialidade do saber como regimes silenciosos de produção acadêmica, ampliando os marcos analíticos e epistêmicos do debate sociológico no Brasil. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66568 |
Aparece nas coleções: | (TCC) - Serviço Social |
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