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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66530
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Título: | Análise de mecanismos de escape intracelulares do Mycobacterium leprae em pacientes com hanseníase no estado de Pernambuco |
Autor(es): | CAVALCANTE, Julianne de Santana |
Palavras-chave: | Hanseníase; Autofagia; Neutrófilos; Quimiocinas; Mycobacterium leprae |
Data do documento: | 27-Mar-2025 |
Citação: | CAVALCANTE, Julianne de Santana. Análise de Mecanismos de Escape Intracelulares do Mycobacterium leprae em Pacientes com Hanseníase no Estado de Pernambuco. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae ou Mycobacterium lepromatosis, que afeta a pele e os nervos periféricos. Seu espectro clínico e imunopatológico depende da resposta imune do hospedeiro e da capacidade de evasão do parasita. Nesse contexto, este estudo investigou mecanismos de escape intracelulares do M. leprae, com ênfase na modulação da autofagia e da resposta inflamatória em pacientes infectados. Os participantes foram recrutados em consultas dermatológicas nos centros de referência para hanseníase localizados nos municípios de Recife, Cabo de Santo Agostinho e Caruaru no estado de Pernambuco. Foram incluídos 14 participantes: 6 com reação tipo 1 (RT1), 4 com reação tipo 2 (RT2) e 4 controles negativos, todos testados previamente para hanseníase e tuberculose com PPD e IGRA. As faixas etárias foram de 25–44 anos no grupo controle, 46–73 anos em RT1 e 44–51 anos em RT2. A coleta foi realizada utilizando dois tubos por paciente: um com anticoagulante EDTA e outro com ativador de coágulo. A extração de RNA foi realizada a partir do sangue total coletado em EDTA, que posteriormente foi convertido em cDNA e submetido à qPCR para quantificação da expressão dos genes NLRP3 (formação do inflamassomo), LC3B (autofagia e processo de NETose), IL1B (inflamação), S100A8 e S100A9 (proteínas de alarme e recrutamento celular), ARG1 (regulação da resposta imune) e REG3G (defesa antimicrobiana). A dosagem de quimiocinas foi feita utilizando o soro obtido do tubo com ativador de coágulo, por meio de citometria de fluxo com o kit BD Cytometric Bead Array (CBA). Os dados foram analisados no software GraphPad Prism, sendo considerados significativos os valores de p<0,05. Na dosagem de quimiocinas, os níveis séricos de MIG (CXCL9) foram significativamente maiores em RT1 em comparação ao controle (p<0,05), enquanto IL-8 (CXCL8), importante para o recrutamento de neutrófilos, esteve significativamente aumentada em RT2 tanto em relação a RT1 (p<0,05) quanto ao controle (p<0,01). As demais quimiocinas (IP-10, MCP-1 e RANTES) apresentaram variações entre os grupos, mas não atingiram significância estatística. Observou-se aumento significativo da expressão de IL1B, S100A8, S100A9 e REG3G no grupo RT1 em comparação ao grupo controle (p<0,01). S100A9 também foi significativamente maior em RT1 em relação ao controle. A expressão de ARG1 foi mais elevada em RT1, mas sem significância estatística. Em RT2, LC3B apresentou uma tendência de aumento, embora sem diferença significativa, enquanto NLRP3 mostrou-se mais elevado em RT1, também sem significância estatística. Em conclusão, os resultados sugerem que a resposta inflamatória no grupo RT1 envolve ativação do inflamassomo e maior expressão de genes associados à imunidade inata, como S100A8, S100A9 e REG3G. Já em RT2, o aumento de IL-8 e a tendência de elevação de LC3B podem refletir um perfil imunológico distinto, possivelmente relacionado à NETose e à regulação da autofagia. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66530 |
Aparece nas coleções: | (CB - BM) - TCC - Biomedicina |
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