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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66368
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Title: | Análise dos casos de câncer de mama no período pré-pandemia e pandemia de COVID-19 em um hospital de referência de Recife-PE |
Authors: | OLIVEIRA, Clécia Maria Carvalho de |
Keywords: | Câncer de mama; COVID-19; Efeito da pandemia; Tempo de espera no diagnóstico e tratamento |
Issue Date: | 11-Sep-2024 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citation: | OLIVEIRA, Clécia Maria Carvalho de. Análise dos casos de câncer de mama no período pré-pandemia e pandemia de COVID-19 em um hospital de referência de Recife-PE. 2024. Tese (Doutorado em Gestão e Economia da Saúde) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) demandou medidas restritivas e reorganização temporária do sistema de saúde. Com isso, os atendimentos eletivos, incluindo o rastreamento de câncer foram interrompidos na maioria dos países. O câncer de mama é a quarta principal causa de morte por câncer em todo o mundo e é considerado um câncer de bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado precocemente evitando que os pacientes evoluam para um cenário metastático. O estudo avaliou as possíveis modificações no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama, durante o período pré-pandêmico e pandêmico em um serviço de referência de Recife-PE. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado em dados secundários extraídos dos prontuários médicos e sistema de informação hospitalar, de uma amostragem de 180 pacientes do sexo feminino, 93 do grupo pré-pandêmico e 87 do grupo pandêmico, que foram diagnosticadas com câncer de mama primário em cada período. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas; fatores de riscos modificáveis, genéticos e reprodutivos; variáveis clínicas dos tumores, o tipo de tratamento e o valor faturado do tratamento quimioterápico inicial. Também foram avaliados intervalos de tempos desde o rastreamento até o diagnóstico e as associações com variáveis sociodemográficas e clínicas. As análises estatísticas foram realizadas através dos softwares SPPS® e STATA/SE®, sendo utilizados os testes exato de Fisher, Qui-quadrado, Kolmogorov- Smirnov e Mann-Whitney. Variáveis com p valor <0,05 foram consideradas significantes. Os resultados mostraram maiores quedas no atendimento em abril e maio de 2020, quando se iniciaram as medidas de restrições e isolamento. Em relação às características sociodemográficas, os dois grupos apresentaram perfis semelhantes, com idade média de 52,5 anos, a maioria das pacientes residiam na área metropolitana do Recife e tinham apenas o ensino fundamental. Quanto às características clínico-patológicas dos tumores, foi observado diferenças significativas no subtipo molecular sendo no grupo 1 o luminal B e triplo negativo mais frequentes, enquanto no grupo 2 foram mais frequentes os subtipos receptores hormonais positivos, luminal B e luminal A. A presença de metástase e estadiamento dos tumores apresentaram diferenças significativas, com maior índice de envolvimento axilar e metástase à distância no grupo pandêmico, assim como os tumores com estadiamento mais avançados (3 e 4) do subtipo luminal B foram mais frequentes neste grupo. No que se refere ao tipo de tratamento indicado, houve diferenças significativas, sendo o tratamento paliativo mais frequente, assim como a quimioterapia paliativa foi a mais prescrita no grupo 2. Não houve diferenças significativas quanto aos intervalos de tempos analisados; no entanto, destaca-se que um percentual elevado de pacientes espera mais de 60 dias para ter o diagnóstico e iníciar o tratamento. O estudo concluiu que apesar do hospital de referência não ter interrompido os atendimentos ambulatoriais e de tratamento durante a pandemia, houve um aumento na frequência de tumores diagnosticados em estágios mais avançados necessitando de tratamentos mais longos e de caráter paliativo. Investigações futuras com grupo populacional maior e período mais prolongado são necessárias para avaliar o efeito da pandemia no câncer de mama nos anos seguintes. Torna-se evidente a necessidade de manter os programas de rastreamento em cenários desfavoráveis como em pandemias ou surtos infecciosos. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66368 |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado - Gestão e Economia da Saúde |
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