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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66317
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Título: | A Dimensão Política dos Movimentos Sociais: Um Estudo das Representações dos Dirigentes Comunitários sobre a Relação entre os Movimentos Sociais Urbanos e os Partidos Políticos. |
Autor(es): | SANTOS, Silvana Mara Morais dos |
Palavras-chave: | Movimentos Sociais Urbanos;; Partidos políticos;; Relação democrática |
Data do documento: | 14-Set-1995 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | Este é um estudo sobre a dimensão política dos Movimentos Sociais Urbanos (MSU’s), no sentido de analisar a relação que estes desenvolvem com os partidos políticos. Nesta perspectiva, o estudo tem como objetivo apreender, através das representações dos dirigentes dos movimentos, a visão que eles têm desta relação: como estão construindo, enquanto dirigentes, as articulações entre o movimento e os partidos políticos, quais as ambiguidades, os limites e as possibilidades para a efetivação de uma relação democrática entre estas duas esferas. A pesquisa foi realizada durante o ano de 94, tendo como base entrevistas realizadas com 16 dirigentes da Federação Estadual e Metropolitana de Entidades de Bairro de Pernambuco (FEMEB). O estudo leva à reflexão sobre a presença dos partidos políticos na organização dos MSU’s e seus resultados permitem considerar que: a) no cotidiano das lutas sociais os dirigentes dos MSU’s recodificam e reelaboram discursos e práticas de outras agências sociais presentes na vida social. Entre estas destacam-se os partidos políticos de esquerda que exercem uma grande influência na formação política dos dirigentes; b) o fato dos dirigentes dos MSU’s pertencerem também a um determinado partido político não significa necessariamente a instrumentalização ou a perda de autonomia do movimento; c) a articulação dos MSU’s com os partidos políticos leva à perda de autonomia dos movimentos, quando os agentes em posição ie direção reproduzem no cotidiano uma visão restrita da política, fundamentada na concepção de que os movimentos são organizações inferiores e, portanto, necessitam da orientação partidária na direção de suas lutas, para que estas transcendam as reinvidicações em tomo dos seus problemas cotidianos; d) é possível a existência da autonomia quando nesta articulação ocorre um confronto de saberes, onde as divergências são enfrentadas e há o reconhecimento das reinvindicações e objetivos específicos de cada organismo no contexto social, bem como a possibilidade de efetivar alianças em momentos estratégicos. Por fim, acredita-se que a contribuição deste trabalho repousa na convergência de três aspectos fundamentais: 1) na sistematização das diferentes formas de articulação entre os movimentos sociais e os partidos políticos através da atuação de agentes internos ao movimento e que desenvolvem posições de direção; 2) na análise do papel dos partidos políticos na organização da sociedade civil, através dos movimentos sociais; 3) na compreensão de que apesar do predomínio, na realidade brasileira, de uma cultura política autoritária, no sentido de desrespeitar o diferente e homogeneizar as formas de luta, existem alternativas em construção e, assim, a relação entre movimentos e partidos pode se desenvolver de forma democrática. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66317 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Serviço Social |
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