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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66264

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Título: Caracterização estrutural e atividades biológicas do polissacarídeo do exsudato de Parkia pendula
Autor(es): BATISTA, José Josenildo
Palavras-chave: Parkia pendula; galactoarabinano; prebiótico; microbiota intestinal; gastroprotetor
Data do documento: 27-Jul-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: BATISTA, José Josenildo. Caracterização estrutural e atividades biológicas do polissacarídeo do exsudato de Parkia pendula. 2025. Tese (Doutorado em Bioquímica e Fisiologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Parkia pendula (Fabaceae), popularmente visgueiro, é uma espécie comum no Brasil, conhecida pela produção de exsudato. Contudo, seus polissacarídeos ainda são pouco estudados. O presente estudo tem como objetivo caracterizar o polissacarídeo do exsudato de Parkia pendula (PePp) e investigar seus efeitos biológicos. O PePp foi obtido por extração aquosa e precipitação com álcool etílico (99,9%, 1:4), e submetido a caracterização química e estrutural. Em ensaios in vitro, avaliou-se a atividade prebiótica em cepas de Lactobacillus e Bifidobacterium, além da fermentação fecal pela microbiota humana. Em modelos in vivo, foram analisadas a toxicidade aguda (CEUA no 127/2022), fermentação em camundongos BALB/C (CEUA no 0052/2023) e o efeito gastroprotetor em úlcera gástrica (CEUA no 128/2022). O rendimento do PePp foi de 48,2%, com 79,20% de carboidratos totais e 11% de ácido urônico, baixos teores de compostos fenólicos (2,72 mg/g GAE) e proteínas (1,20%). O peso molecular foi estimado em 7.08 x 104 g/mol, a composição monossacarídica constituída de arabinose (78%), galactose (10%) e ácido urônico (12%) e no FT-IR confirmou bandas características de polissacarídeos e ácido urônico (1309-1216 e 1410 cm−1 , respectivamente). In vitro, PePp apresentou atividade prebiótica, promovendo o crescimento de cepas probióticas, como L. rhamnosus, L. brevis, L. plantarum, L. casei, L. paracasei, B. longum e B. adolescentis. Durante a fermentação fecal, o consumo do PePp (de 79,20 para 33,56%) resultou na diminuição do pH (de 6,29 para 4,35), aumento da produção de ácido graxos de cadeia curta- AGCC (ácido acético, propiônico e isobutírico) e na proliferação de bactérias benéficas, como Bacteroides, Bifidobacterium, Prevotella e Enterococcus. Em teste de toxicidade aguda, a dose 2.000 mg/kg não provocou alterações no peso corporal, consumo de água e ração, nem nos parâmetros bioquímicos, hematológicos ou histopatológicos dos animais. In vivo, PePp modulou a microbiota intestinal dos camundongos, resultando na redução do pH fecal de 7,33 para 7,04, 7,10 e 7,03 nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. Esse processo também promoveu o aumento de AGCC e bactérias probióticas. Além disso, o pré-tratamento com PePp demonstrou efeito gastroprotetor em úlceras gástricas, inibindo a formação das lesões em 52%, 71% e 83% nas doses de 10, 25 e 50 mg/kg, respectivamente. Esse efeito foi acompanhado pela redução da peroxidação lipídica e dos níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-6 e TNF-α), além do aumento da superóxido dismutase, catalase e citocina anti-inflamatória IL-10. Conclui-se que PePp é um polissacarídeo do tipo galactoarabinano, seguro do ponto de vista toxicológico, com efeitos prebióticos, com capacidade de modular a microbiota intestinal e potencial gastroprotetor em modelo de úlcera gástrica.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66264
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Bioquímica e Fisiologia

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