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Título : "SEM ALMA E SEM NOME: REPRESENTAÇÃO LINGUÍSTICO-DISCURSIVA DE CORPOS ESCRAVIZADOS EM ANÚNCIOS NO SÉCULO XIX"
Autor : SANTOS, Emilly Maria Oliveira dos
Palabras clave : Escravidão; Anúncios de Jornal; Língua e Relações de Poder; Racismo Estrutural; Racismo Linguístico
Fecha de publicación : 22-ago-2025
Citación : SANTOS, Emilly Maria Oliveira Dos. SEM ALMA E SEM NOME: REPRESENTAÇÃO LINGUÍSTICO-DISCURSIVA DE CORPOS ESCRAVIZADOS EM ANÚNCIOS NO SÉCULO XIX. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Resumen : estudo analisa anúncios de escravizados publicados no Diário de Pernambuco entre 1825 e 1845, disponibilizados pela equipe pernambucana do projeto Nacional Para a História do Português Brasileiro. O objetivo central é descrever os mecanismos linguísticos do gênero anúncio que reforçam práticas racializadas e legitimam a lógica escravista da época. A pesquisa adota metodologia qualitativa, estruturando-se como análise documental. O percurso metodológico incluiu o levantamento e organização dos anúncios com seus dados contextuais, a identificação de construções impessoais e do léxico avaliativo e, por fim, a interpretação desses elementos em relação à ideologia escravista vigente. Essas análises evidenciam dois processos que atuam de forma paralela e interligada: a mercantilização e a desumanização do corpo negro. A mercantilização se expressa em enunciados impessoais como vende-se, à venda e oferta-se, que apagam a agência dos sujeitos e os inserem no circuito mercantil, enquanto o léxico, centrado em atributos físicos e habilidades, constrói valor de mercado. Esse enquadramento, por sua vez, contribui para a desumanização, visível em verbos como perdeu-se, procura-se e foge-se, que associam os escravizados à categoria de objeto passível de perda ou recuperação. As descrições, restritas a marcas corporais, vestimentas ou funções, fragmentam identidades e reforçam esse processo de apagamento da subjetividade. Compreender tais ocorrências permite revelar como escolhas linguísticas reproduzem o racismo estrutural, cujos efeitos persistem, reforçando a relevância de estudos que articulam língua, história e poder.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66240
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