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Título: Os Narradores de Bernardo Carvalho: Uma Análise de Nove Noites e O Sol se Põe em São Paulo
Autor(es): SOUZA, Rafael Henrique Alves de Pontes
Palavras-chave: Autoficção; Bernardo Carvalho; Escrita de Si; Narrador
Data do documento: 22-Ago-2025
Citação: SOUZA, Rafael Henrique Alves de Pontes. Os Narradores de Bernardo Carvalho: Uma análise de Nove Noites e O Sol se Põe em São Paulo. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras-Português) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: A autoficção, enquanto estratégia narrativa recorrente na literatura contemporânea, desafia e redimensiona os limites entre realidade e invenção. Mais do que uma simples mescla entre autobiografia e ficção, ela constitui um espaço híbrido em que o “eu” narrativo é desconstruído e reconstruído pela linguagem, assumindo o estatuto de artefato literário. Ao tensionar a busca por autenticidade com a consciência de sua fabricação textual, a autoficção revela-se marcada pela ambivalência entre sujeito e personagem. Para além da sobreposição entre vida e narrativa, essa forma literária atua como uma verdadeira “máquina de mitos”, produzindo uma figura autoral que transita simultaneamente dentro e fora do texto. Bernardo Carvalho, autor contemporâneo renomado, reconhece-se como um “militante da ficção”, utilizando de suas próprias experiências para a construção da narrativa em Nove Noites (2002) e O Sol se Põe em São Paulo (2007). A ficção, em sua concepção, é o único meio capaz de reorganizar o caos da experiência, convertendo lembranças fragmentadas, memórias instáveis e deslocamentos afetivos em narrativa. Logo, os narradores-personagens de suas obras são o resultado dessa luta pela permanência da ficção no texto referencial enquanto território de sentido. Dito isso, o presente trabalho visa compreender como os modi operandi dos narradores de ambas as obras contribuem para o encaminhar dos enredos, além dos mecanismos utilizados para a construção do sentido, especialmente no contexto da autoficção. Para tanto, serão abordados, em sua maior parte, os pensamentos de Doubrovsky (1977), Klinger (2006/2008), Azevedo (2008) e Foucault (1983/1994) ao decorrer deste trabalho. A fim de melhor compreensão, este estudo divide-se em três capítulos: o primeiro sendo de teor biográfico apresenta Bernardo Carvalho enquanto sujeito e autor, fora suas inspirações e estilos utilizados na construção das obras, além de um breve resumo sobre cada livro e seu contexto de produção; o segundo voltado para compreensão do gênero autoficção na literatura contemporânea e seus pressupostos; por fim, o terceiro e último é voltado para a análise dos narradores presentes em Nove Noites (2002) e o Sol se Põe em São Paulo (2007), seus papéis nas obras enquanto protagonistas, os modi operandi utilizados e como a autoficção se relaciona com a narrativa.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66186
Aparece nas coleções:(TCC) - Letras - Português

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