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Título : O mito da neutralidade linguística: uma análise sistêmico-funcional do feminicídio noticiado pela imprensa brasileira
Autor : Brazil, Jairo de Souza
Palabras clave : Linguística Sistêmico-Funcional; Sistema de Transitividade; Análise Crítica do Discurso; Feminicídio; Neutralidade
Fecha de publicación : 20-ago-2025
Citación : BRAZIL, Jairo de Souza. O mito da neutralidade linguística: uma análise sistêmico-funcional do feminicídio noticiado pela imprensa brasileira. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras - Português) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Resumen : Esta monografia assume como objetivo analisar a materialização linguística da ideologia constitutiva do sujeito-autor em textos noticiosos. Diante dos incontáveis episódios de feminicídio que se repetem diariamente, a imprensa brasileira se compromete em noticiá-los de modo objetivo, imparcial e fidedigno. Por meio do crivo editorial (Melo, 2004), um aparato de padronização da linguagem, garante-se a homogeneização da escrita no noticiário, que se pretende neutra e confiável — e é assim percebida pelos leitores. A natureza da linguagem, contudo, contradiz e deslegitima a pretensão de neutralidade jornalística: é nos eventos discursivos que a ideologia opera, constituindo, naturalizando e transformando os significados do mundo (Fairclough, 2001). As notícias são, assim, práticas sociais e políticas, orientadas por valores culturais e ideológicos. Frente à necessidade de se estimular criticidade e consciência linguística na produção e no consumo de textos, esta pesquisa buscou respaldo na Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), cujo aporte teórico-metodológico proposto por Halliday e Matthiessen (2004) aliado às contribuições da abordagem faircloughiana de Análise Crítica do Discurso (ACD) permitiu avaliar o funcionamento ideológico da linguagem em textos pretensamente neutros. Por meio da dimensão léxico-gramatical do Sistema de Transitividade, identificando os papéis funcionais (Processos, Participantes e Circunstâncias) e seus efeitos de sentido em três notícias de feminicídio, testemunhamos tendências narrativo-descritivas na cobertura de casos de violência de gênero, como o uso indiscriminado da voz passiva com omissão de agência e enquadramentos que corresponsabilizam a vítima ou sobrepõem a autodefesa do agressor. Constatamos que os discursos jornalísticos não são neutros, apesar dos constantes esforços institucionais de padronização da linguagem. O modus operandi da imprensa opera silenciamentos e sentidos que naturalizam representações assimétricas de gênero, fortalecendo a hegemonia patriarcal e a violência sistemática contra a mulher.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65849
Aparece en las colecciones: (TCC) - Letras - Português

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