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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65836
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Título: | Perfil epidemiológico de carbonizados necropsiados no IMLPE entre 2021 e 2024 |
Autor(es): | SOUZA, Eduarda Keyla Dias de |
Palavras-chave: | odontologia legal; identificação de vítimas; antropologia forense |
Data do documento: | 28-Jul-2025 |
Citação: | SOUZA, Eduarda Keyla Dias de. Perfil epidemiológico de carbonizados necropsiados no IMLPE entre 2021 e 2024. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso ( Bacharelado em Odontologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | A identificação de corpos carbonizados representa um dos maiores desafios enfrentados pela medicina e odontologia legal. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos corpos carbonizados submetidos a necrópsia no Instituto de Medicina Legal Antônio Persivo Cunha (IMLAPC), em Recife-PE, entre os anos de 2021 e 2024, com ênfase na caracterização das vítimas, nas circunstâncias relacionadas aos óbitos e na frequência desses eventos ao longo do período analisado. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, do tipo série de casos, com análise de 24 laudos periciais emitidos por médicos-legistas e odontolegistas. Os dados foram extraídos dos sistemas institucionais, organizados em planilha eletrônica e analisados de forma descritiva. Os resultados demonstraram predominância do sexo masculino (79,2%) e de vítimas com idades entre 23 e 57 anos. A maioria dos corpos apresentava carbonização total (91,6%), sendo os homicídios a causa jurídica mais frequente (54,2%), seguidos pelos acidentes (33,3%). Em mais da metade dos casos, as mortes ocorreram por lesões traumáticas, como traumatismo crânio-encefálico (37,5%) e politraumatismo (25%), o que evidencia que o fogo, em muitos casos, foi utilizado de forma secundária. O projétil de arma de fogo foi o instrumento letal mais prevalente (29,2%). Quanto ao processo de identificação, 54,2% dos casos foram identificados positivamente, sendo a Odontologia Legal responsável por 61,5% dessas identificações. Observou-se, contudo, que em 45,8% dos laudos não havia registro sobre a presença de dentes. Além disso, em quase metade dos casos não foi possível estimar a idade, evidenciando limitações metodológicas e estruturais na prática pericial. A pesquisa revelou não apenas o perfil das vítimas e as características das mortes por carbonização no contexto estudado, como também lacunas relevantes nos procedimentos de documentação, estimativa biológica e integração de áreas forenses. Os achados apontam para a necessidade de fortalecer a atuação multiprofissional, padronizar os laudos, preservar registros ante mortem e investir na capacitação contínua dos profissionais. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65836 |
Aparece nas coleções: | (TCC) - Odontologia |
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