A evolução dos materiais de obturação e selantes endodônticos: uma revisão de literatura

Abstract

Esta revisão integrativa teve como objetivo analisar a evolução dos materiais de obturação endodôntica, destacando inovações em desempenho clínico, biocompatibilidade e eficácia antimicrobiana. A pesquisa foi realizada nas bases PubMed, BVS e SciELO, com uso de descritores específicos e operadores booleanos. Foram incluídos 14 artigos publicados entre 2019 e 2024, selecionados conforme os critérios de relevância, idioma e acesso gratuito. Os resultados demonstraram que os materiais contemporâneos superam amplamente os tradicionais, como a guta-percha e os cimentos à base de óxido de zinco e eugenol, por apresentarem maior capacidade de vedação tridimensional e interação ativa com os tecidos periapicais. Inovações como os cimentos biocerâmicos à base de silicato de cálcio revelaram propriedades bioativas, como indução da formação de hidroxiapatita e estímulo à regeneração pulpar. Além disso, o enriquecimento com nanopartículas antimicrobianas e compostos naturais, como óleos vegetais, proporcionou efeitos antibacterianos duradouros e menor citotoxicidade. Técnicas modernas de síntese, como o método sol-gel, também contribuíram para o desenvolvimento de materiais com maior pureza, porosidade controlada e desempenho clínico aprimorado. Conclui-se que os avanços nos materiais de obturação representam um marco na endodontia contemporânea, porém seu uso exige aplicação criteriosa e validação clínica contínua, a fim de assegurar eficácia, segurança biológica e previsibilidade terapêutica.