Nietzsche e a afirmação da vida através do conceito de vontade de potência

Abstract

Este trabalho tem como objetivo analisar o conceito de vontade de potência de Nietzsche, como força fundamental que impulsiona a vida e molda a realidade, caracterizada por um campo de forças em constante luta e transformação. A metodologia adotada é baseada no levantamento bibliográfico das obras de Nietzsche e de pesquisadores que interpretaram esse conceito ao longo de sua trajetória filosófica. A abordagem é interpretativa, centrando-se na análise crítica de textos fundamentais, como: A gaia ciência, Além do bem e do mal, O nascimento da tragédia, Crepúsculo dos ídolos, e nas influências de outros pensadores, como Heráclito, Schopenhauer, Buscovitch. Nietzsche vê a vida como um devir ou vir-a-ser, onde não há um propósito final (telos), mas uma necessidade intrínseca de expansão e domínio. Ele critica concepções tradicionais de uma realidade estática, transcendental como as ideias de Platão e o cristianismo; ao propor uma visão dinâmica da existência influenciada pelo pensamento de Heráclito e pelas teorias científicas de sua época, como o positivismo. Nietzsche se distancia da metafísica ao desenvolver uma noção de forças múltiplas e interativas, contrapondo-se à visão de Leibniz de forças vivas (mônadas). Afasta-se da perspectiva pessimista de Schopenhauer, que vê a vida como sofrimento. Nietzsche sugere que a vontade de potência é a essência de toda energia e movimento no universo, uma realidade em constante autossuperação e embates de forças.