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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65100

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Título: Nanoencapsulamento da atrazina: maximizando a eficácia, minimizando o impacto ambiental - Um estudo com nematoides de vida livre
Autor(es): OLIVEIRA, Aísha Ribeiro Mendes
Palavras-chave: Ecotoxicologia; Nanomodificações; Nematoides; Herbicidas; Poluição.
Data do documento: 21-Jul-2025
Citação: OLIVEIRA, Aísha Ribeiro Mendes. Nanoencapsulamento da atrazina: maximizando a eficácia, minimizando o impacto ambiental - Um estudo com nematoides de vida livre. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas Bacharelado) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: A atrazina (Atz) é um herbicida de uso intensivo cuja persistência e transporte para ecossistemas aquáticos resultam em acumulação em sedimentos e risco para a biota não-alvo. Para otimizar o desempenho agronômico e, ao mesmo tempo, mitigar os impactos ambientais, foram desenvolvidas nanoformulações. Estas são projetadas para aumentar a eficiência por meio de propriedades como a liberação controlada, o que teoricamente poderia diminuir as perdas para o ambiente e os efeitos deletérios. Contudo, o perfil de risco ecotoxicológico real dessas novas formulações é pouco conhecido. Este estudo objetivou avaliar os efeitos da atrazina pura (Atz pura) e de uma nanoformulação (Atz nano), utilizando o nematoide marinho Litoditis marina III como organismo-modelo. A metodologia compreendeu experimentos de toxicidade letal (CL50-96h) e subletal (10 dias), avaliando-se, de forma comparada e isolada, parâmetros populacionais, de crescimento e de letalidade, sob a hipótese de que a nanomodificação potencializaria a toxicidade do composto. Os resultados confirmaram a hipótese de forma contundente. A Atz nano apresentou toxicidade aguda cinco vezes superior à da Atz pura (CL50-96h: 11,28 mg/L vs. 55,55 mg/L, respectivamente). Além disso, com a avaliação dos parâmetros subletais foi observado que a nanoformulação alterou fundamentalmente a dinâmica populacional, com severa redução na abundância de juvenis e comprometimento da fecundidade, mesmo em concentrações baixas. Em contraste, a Atz pura induziu efeitos mais discretos e tardios. Conclui-se que, embora projetada para ganhos de eficiência, a nanotecnologia aplicada à atrazina cria um novo paradigma de risco, onde a maior biodisponibilidade que beneficia a ação herbicida também intensifica drasticamente os efeitos deletérios sobre organismos não-alvo. Este estudo valida Litoditis marina III como um biomodelo sensível e eficaz para detectar tais impactos complexos e sublinha a urgência de incorporar avaliações de risco específicas para nanomateriais na regulação ambiental, garantindo que a inovação tecnológica não resulte em passivos ambientais imprevistos.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65100
Aparece nas coleções:(CB) - TCC - Ciências Biológicas (Bacharelado)

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