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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65060

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Título: Viver é melhor que sonhar : da ética da responsabilidade ao municipalismo libertário
Autor(es): LYRA NETO, Harim de Britto
Palavras-chave: Ética da Responsabilidade; Comunalismo; Municipalismo Libertário; Hans Jonas; Murray Bookchin
Data do documento: 28-Set-2020
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: LYRA NETO, Harim de Britto. Viver é melhor que sonhar : da ética da responsabilidade ao municipalismo libertário. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020
Abstract: Nesta pesquisa, retomamos a análise crítica de Hans Jonas feita no ensaio filosófico O Princípio de Responsabilidade sobre as formas de governo. Trata-se da parte em que o autor discute uma questão muito em voga na época da publicação do ensaio, numa apresentação distinta da forma habitual. Na discussão sobre as formas de governo, não pergunta qual a melhor estrutura político-ideológica, mas antes, qual sistema ofereceria as melhores condições para lidar com a ameaça tecnológica e a possibilidade de sobrevivência da humanidade em seu futuro, ante uma possível catástrofe ambiental. Entre o ocidente liberal e o socialismo soviético, Jonas defende que entre essas ideologias hegemônicas, o socialismo teria uma pequena margem de dianteira, por ser mais capaz de coordenar uma mobilização em larga escala, coisa que as estruturas difusas da democracia liberal não dariam conta. Em comum, o autor argumenta que os dois sistemas – e principalmente o socialismo – seriam signatários do mesmo projeto moderno baconiano de dominação da natureza. A opção pelo socialismo, entretanto, será condicionada a uma crítica da utopia. Esse Estado, que Jonas aparenta sugerir, é capaz de mobilizar os afetos e as ações para a causa da ameaça tecnológica e diferentemente de prometer felicidade e abundância para seus cidadãos, se compromete com uma tarefa mais modesta e prudente, que é garantir um futuro possível para as gerações vindouras. Segundo Jonas, é preciso que haja um governo com forças e condições necessárias para impor uma marcha mais suave com vistas a proteger a biosfera e os nossos descendentes. Procuramos mostrar que as indicações deixadas por Jonas, além de serem delicadas do ponto de vista político e social, considerando que apostar em uma tirania benevolente não parece ser algo tão prudente assim. Em contraposição, procuramos mostrar como a democracia, desacreditada por Jonas, pode servir na sua forma mais radical e direta como apresentada por Murray Bookchin, como uma melhor resposta à ameaça da técnica, bem como à questão sobre as formas de governo, sem romper, com isso, a reflexão proposta pela Ética da Responsabilidade jonasiana. Vimos essa possibilidade de inclusão por duas premissas: A primeira é que Jonas, quando faz a crítica da democracia considera a estrutura representativa apenas e em segundo, que o Estado e governo centralista que ele propõe, além de soar tão anacrônico quanto as utopias que ele criticou, oferecer estruturas para aquela tirania benevolente se converter em uma autocracia verde, possibilidade que, para a nossa época, é tão aterrorizante quanto a ameaça de uma catástrofe ecológica global.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65060
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