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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64622

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Título: Petrografia, geoquímica e geocronologia de aplitos de pegmatitos não zonados da Província Pegmatítica do Seridó : implicações petrogenéticas e relações com mineralizações
Autor(es): DALAN, Clarissa de Aguiar
Palavras-chave: Aplitos; Pegmatitos; Petrografia; Geoquímica; Geocronologia; Província Pegmatítica do Seridó
Data do documento: 29-Nov-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: DALAN, Clarissa de Aguiar. Petrografia, geoquímica e geocronologia de aplitos de pegmatitos não zonados da Província Pegmatítica do Seridó : implicações petrogenéticas e relações com mineralizações. Tese (Doutorado em Geociências) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: As rochas pegmatíticas ediacaranas a cambrianas da Província Pegmatítica do Seridó representam os estágios finais do magmatismo associado à Orogênese Brasiliana, no Domínio Rio Grande do Norte. Estas rochas intrudem rochas metassedimentares neoproterozoicas (Grupo Seridó) e ortognaisses paleoproterozoicos (Complexo Caicó). Aplitos ocorrem em bandamentos alternados nos pegmatitos não zonados, em duas fácies mutuamente exclusivas: (i) fáceis a muscovita (cinza) com muscovita + granada ± biotita (Marcação, Parelhas, Capoeira, Pedra Redonda, Serra Verde, Potengi, Dique Não Zonado (DNZ) – Mufumbo) e (ii) fácies a magnetita (vermelha) com biotita + magnetita (Bordeaux, Areias, Picuí, Pedra Lavrada, Sabugi, Lajinha, Serra do Chafariz e DNZ-Acari). Devido à sincronicidade das texturas aplíticas e pegmatíticas, o presente estudo objetiva utilizar os aplitos, por melhor representatividade de amostragem, para petrografia, geoquímica e geocronologia U-Pb SHRIMP em zircão, e elucidar a gênese dos pegmatitos não zonados. Os aplitos são hololeucocráticos a leucocráticos, equigranulares e isotrópicos, por vezes bandados. Possuem feldspato potássico (principalmente microclina), com rara pertita, plagioclásio (oligoclásio) e quartzo. Os minerais acessórios variam, sendo turmalina ± apatita ± zircão ± monazita ± xenotima ± minerais opacos nos aplitos a muscovita, e ± minerais opacos ± zircão ± allanita ± monazita ± xenotima ± apatita naqueles a magnetita. As texturas micrográfica e mirmequítica são comuns. Geoquimicamente, os aplitos se classificam como tonalito a sienogranito. No diagrama R1-R2, os aplitos a muscovita apresentam trend mais restrito álcali-granito - granito magnetita, enquanto os aplitos a magnetita exibem trend positivo de álcali-granito a granodiorito. Os aplitos a muscovita são peraluminosos (ASI = 1,01 a 1,22), com concentrações relativamente elevadas de Al2O3 (até 15,83%) e P2O5 (até 0,82%), sendo mais fracionados (K/Rb média de 21,73; n=19) e enriquecidos em Rb, Cs, Nb, Ta e Li em relação aos aplitos a magnetita. Estes últimos são metaluminosos à fracamente peraluminosos (ASI = 0,97 a 1,08), com concentrações mais elevadas de CaO (até 2,57%) e Na2O (até 5,83%), menos fracionados (média K/Rb média de 31,38; n=19) e mais enriquecidos em Sr, Ba, U, Pb, Y e ETR. Quando normalizados pela crosta continental superior, os aplitos mostram enriquecimento em ETR pesados em relação aos leves (LaN/YbN = 0,01 – 0,79, exceto o aplito Areias (a magnetita) que apresenta o inverso (LaN/YbN = 5,73). Anomalias negativas de Eu são comuns, exceto em algumas amostras dos aplitos Bordeaux, Areias e Lajinha, todos a magnetita. Os cristais de zircão imageados (catodoluminescência e elétrons retroespalhados) revelam texturas de zoneamento ígneo, zoneamento convoluto e núcleos porosos, indicativos de interação com fluidos em processos de dissolução-reprecipitação. As datações U-Pb SHRIMP em zircão dos aplitos forneceram idades concordantes de 527 ± 5 Ma (Bordeaux), 535 ± 3 Ma (Lajinha), 558 ± 7 Ma (Marcação) e 562 ± 6 Ma (Capoeira). Essas idades revelam uma relação temporal entre pegmatitos e mineralizações de W-Mo em skarns na região (524 ± 2 Ma a 554 ± 2 Ma; Re-Os em molibdenita). Com base nos resultados, pode-se inferir que os aplitos a muscovita e a magnetita derivam de fontes distintas, sendo esses últimos 30 Ma mais jovens.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64622
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