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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64484

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Título: Investigação fitoquímica, atividade antioxidante, toxicidade oral aguda e atividade antiescorpiônica do látex de Jatropha mutabilis (Pohl.) Baill. (Euphorbiaceae) frente a peçonha de Tityus stigmurus (Throell, 1876) (Buthidae)
Autor(es): SOUZA, Felipe Santana de
Palavras-chave: Plantas medicinais; Caatinga; Antiveneno; Antinociceptivo; Antiedematogênico
Data do documento: 30-Jul-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SOUZA, Felipe Santana de. Investigação fitoquímica, atividade antioxidante, toxicidade oral aguda e atividade antiescorpiônica do látex de Jatropha mutabilis (Pohl.) Baill. (Euphorbiaceae) frente a peçonha de Tityus stigmurus (Throell, 1876) (Buthidae). Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: O uso de plantas medicinais para o tratamento de picadas de escorpiões é comum na medicina popular de vários países. Essa abordagem pode ser considerada útil nos primeiros socorros para o escorpionismo, principalmente em comunidades onde o soro antiescorpiônico ou antiaracnídico não é acessível. Jatropha mutabilis (Pohl.) Baill. (Euphorbiaceae), popularmente conhecida como “pinhão-de-seda”, é uma planta endêmica do bioma Caatinga. O látex que exsuda do seu caule é utilizado por populares em casos de envenenamento por animais peçonhentos e para cicatrização de feridas. Desta forma, este trabalho determinou o perfil fitoquímico do látex de J. mutabilis (JmLa) e avaliou a atividade antioxidante, toxicidade oral aguda e atividade antiescorpiônica frente à peçonha de Tityus stigmurus (TstiV). O perfil fitoquímico do JmLa obtido por HPLC- ESI-qTOF revelou a presença de 75 compostos, pertencentes às classes de peptídeos cíclicos, megastigmanos glicosilados, compostos fenólicos, flavonoides, alcaloides, cumarinas, terpenoides, dentre outros. Para a atividade antioxidante, o JmLa apresentou IC50 de 43,66 ± 1,26 μg/mL para o teste do radical DPPH+ e de 842,32 ± 50,25 μg/mL ensaio do radical ABTS+ . Nenhum sinal agudo de toxicidade foi observado na dose de 2.000 mg/kg (v.o.) durante os 14 dias de observação dos animais. Na avaliação da atividade anti-escorpiônica, observou-se nos ensaios de SDS-PAGE e sob o espectro UV- VIS que o JmLa interagiu com o perfil proteico de TstiV, inibindo totalmente as atividades fibrinogenolítica e hialuronidásica da peçonha. O látex também foi avaliado quanto à capacidade de neutralizar os efeitos locais do envenenamento, sob protocolos incubado, pré-tratamento e pós-tratamento, observando-se que sua capacidade máxima de redução da nocicepção em até 56% e o edema de pata em até 50% em relação ao grupo não-tratado. Conclui-se que o látex de J. mutabilis apresenta uma composição fitoquímica diversa, representada por inúmeras classes de metabólitos, mas sem apresentar efeitos tóxicos agudos em camundongos por via oral. Possui ainda a capacidade de inibir os efeitos enzimáticos in vitro do TstiV de reduzir a nocicepção e o edema na avaliação in vivo. Esses dados corroboram relatos popularessobre a atividade antiveneno dessa planta, além de indicar que o látex tem potencial para tratar o escorpionismo.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64484
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Ciências Biológicas

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