Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64469

Compartilhe esta página

Título: Os metatérios da bacia de Itaboraí : sistemática e diversidade
Autor(es): CARNEIRO, Leonardo de Melo
Palavras-chave: Didelphimorphia; Eoceno inicial; Itaboraiense; Marsupialia; Paleoecologia; Sistemática
Data do documento: 6-Out-2023
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: CARNEIRO, Leonardo de Melo. Os metatérios da bacia de Itaboraí: sistemática e diversidade. 2023. Tese (Doutorado em Geociências) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: Metatheria representou o grupo de mamíferos paleogenos de maior diversidade da América do Sul. Dentre as faunas paleogenas, a fauna de metatérios do Eoceno inicial (idade mamífero Itaboraiense SALMA) da Bacia de Itaboraí, município de Itaboraí, RJ, Brasil, é uma das mais importantes. Essa localidade preservou a maior diversidade de metatérios insetívoros, frugívoros e táxons com especializações durófagas (Didelphopsis, Eobrasilia, Gaylordia e Periprotodidelphis) em uma única associação faunística do Paleogeno-Neogeno das Américas. Os metatérios foram representados por, pelo menos, 29 gêneros e 44 espécies cujas massas corporais variavam entre 2-3 gramas (Minusculodelphis minimus) a 10 kg (Eobrasilia coutoi), abrangendo diversos nichos tróficos: Frugivoria, folivoria, faunivoria, insetivoria, durofagia, carnivoria e onivoria. Durante a presente tese, a descoberta de novos espécimes (dentição, dentários e maxilas) elevou para mais de 1000 o número de espécimes desse clado em coleções brasileiras. Esses espécimes permitiram conhecer a dentição superior (exceto Procaroloameghinia, Silvenator e Thylacopygmaeus), inferior (exceto Periprotodidelphis) e dentários (exceto Eobrasilia) de quase todos os metatérios de Itaboraí. A fauna metateriana de Itaboraí compreendeu os mais antigos representantes conhecidos dos Didelphimorphia (Monodelphopsiidae rank nov.: Monodelphopsis; e Protodidelphidae: Guggenheimia, Protodidelphis, Robertbutleria e Carolocoutoia), e um possível Australidelphia- “Woodburnodontidae” (Austropediomys), a linhagem-irmã aos Microbiotheria e Diprotodontia. Robertbutleria foi resgatado com base em inúmeras características compartilhadas exclusivamente com Carolocoutoia em comparação a Protodidelphis. A presença de Paucituberculata não foi confirmada na fauna, visto que “Riolestes” representa um dente decíduo de Robertbutleria. Sparassodonta foi representado na fauna por Patene, Silvenator e Xenocynus, que ocuparam o nicho trófico dos principais mamíferos predadores. Polydolopimorphia foi representado por Epidolops, o metatério mais abundante dessa fauna; Gashternia, de dieta folívoro-frugívora; e os enigmáticos Eobrasiliidae (Periprotodidelphis e Eobrasilia). “Zeusdelphys complicatus” é reconhecido como um sinônimo júnior de E. coutoi. A grande variedade de “ameridélfios” Itaboraienses incluiu, entre outros, Bergqvistheriidae fam. nov. (Peradectoidea gen. nov., Bergqvistherium), Bobbschaefferiidae fam. nov. (Bobbschaefferia), Mirandatheriidae rank nov. (Pucadelphyoidea gen. nov. e Mirandatherium), Caroloameghiniidae (Procaroloameghinia), Jaskhadelphyoidea superfam. nov.-Gaylordiidae fam. nov. (Gaylordia), Jaskhadelphyoidea superfam. nov.-Jaskhadelphyidae (Minusculodelphis), Jaskhadelphyoidea superfam. nov.-Jaskhadelphyidae-Marmosopsiidae subfam. nov. (Marmosopsis), Sternbergiidae-Sternbergiinae (Carolopaulacoutoia), Sternbergiidae-Didelphopsiinae subfam. nov. (Didelphopsis e Itaboraidelphys), Herpetotheriidae-Rumiodontinae (Thylacopygmaeus), Derorhynchidae (Diogenesia, Derorhynchus) e Derorhynchidae-Cooniinae subfam. nov. (Derorhynchidae gen. nov.). “Clados cretáceos norte-americanos” (Hatcheriformes, Pediomyidae, Stagodontidae) não são mais identificados para o Eoceno inicial em Itaboraí. Anatoliadelphyidae e Peratheriinae são potenciais clados irmãos dos “Glasbiidae” e Sternbergiidae/Herpetotheriidae-Rumiodontinae sul-americanos, suportando preliminarmente a hipótese da Atlantogea. Dimorfismo sexual (e.g., Gaylordia macrocynodonta) é identificado, principalmente, pela altura/robustez do dentário e diferença de tamanho nos sexos. Os oito morfótipos de petrosos identificados em Itaboraí (PtI a PtVIII) pertencem a um stem-Marsupialia (Epidolops [PtI]), Pucadelphyda (Pucadelphyoidea gen. nov. [PtII]), Jaskhadelphyoidea (Marmosopsis, Gaylordia e Minusculodelphis [PtIII, PtIV, PtVIII]), Sternbergiinae (Carolopaulacoutoia [PtV]), Derorhynchidae (PtVI) e Rumiodontinae (Thylacopygmaeus [PtVII]). Para os metatérios, a exploração de diferentes nichos tróficos entre táxons aparentados pode ser constatada principalmente pela morfologia mandibular, especialmente em táxons frugívoros e carnívoros.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64469
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Geociências

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Leonardo de Melo Carneiro.pdf15,63 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons