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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64431

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Título: Quem tem medo de ser cancelado? : mobilizações e conflitos nas mídias sociais digitais
Autor(es): LEITE, Rafael Rodrigues
Palavras-chave: Cancelamento; Mídias sociais digitais; Etnografia digital; Plataformização; Disputas políticas
Data do documento: 25-Fev-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: LEITE, Rafael Rodrigues. Quem tem medo de ser cancelado? Mobilizações e conflitos nas mídias sociais digitais. 2025. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Esta dissertação analisa mobilizações e conflitos acerca do “cancelamento” nas mídias sociais digitais, investigando as disputas conceituais e os repertórios de ação desencadeados nos episódios de cancelamento explorados. A partir da etnografia de quatro episódios de cancelamento envolvendo figuras públicas de diferentes espectros políticos — Lilia Schwarcz, Djamila Ribeiro, Maurício Souza e Sikêra Júnior —, a pesquisa investiga os processos de acusação e reivindicação de direitos presentes nos casos, bem como as relações de poder que atravessam as narrativas dispostas e acabam sendo acionadas, inclusive, para legitimar ou contestar as práticas nomeadas enquanto “cancelamento”. Nesse sentido, o estudo dialoga com a literatura socioantropológica que versa sobre a relação entre mobilização sociopolítica on e offline, ao buscar compreender as imbricações entre engajamento, viralização e disputa por legitimidade. Por esse caminho, esta etnografia revela que o cancelamento opera através de uma linguagem comum de direitos que se encontra sob constantes disputas. Nestas, a própria compreensão dos direitos é ratificada, contorcida e/ou negada. O cancelamento é, portanto, apropriado e ressignificado por distintos grupos, os quais fomentam diferentes sentidos a seu respeito, que transitam entre dois pólos opostos: aquele que concebe o cancelamento enquanto prática de acusação, julgamento e punição injusta, autoritária e indevida; e aquele que concebe o cancelamento enquanto estratégia de reivindicação de direitos, denúncia de violências, opressões e injustiças em favor do reconhecimento de grupos minorizados. Além disso, esta dissertação discute de que forma, e em que medida, a infraestrutura digital, através das plataformas digitais algoritmizadas, influencia os cancelamentos, ao provocar impacto tanto em sua disseminação quanto em suas consequências. Sendo assim, a presente etnografia aponta para a complexidade das dinâmicas de cancelamento que acabam revelando disputas sobre moralidade, reconhecimento e poder nas redes, de forma a desafiar e reproduzir ordens sociais e políticas. A pesquisa contribui para a compreensão das novas formas de mobilização sociopolítica na era digital, destacando as tensões e os conflitos existentes entre democratização da informação e plataformização das dinâmicas sociais.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64431
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Antropologia

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