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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64347

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Título: Avaliação da toxicidade do lixiviado de bitucas de cigarro sobre o mexilhão Mytella charruana
Autor(es): GRIZ, Júlia de Aragão Soares
Palavras-chave: Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos; Metais traço; Estabilidade da membrana lisossômica; Experimento de exposição
Data do documento: 14-Abr-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: GRIZ, Julia de Aragao Soares. Avaliação da toxicidade do lixiviado de bitucas de cigarro sobre o mexilhão Mytella charruana. 2024. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: A bituca de cigarro (BC) é um dos detritos mais recorrentes na composição geral dos resíduos sólidos descartados irregularmente em zonas costeiras, acarretando em potenciais fontes de contaminação. Os riscos associados a esse tipo de contaminação ainda não foram amplamente estudados e muitas lacunas no entendimento dos efeitos potenciais sobre a biota aquática precisam ser preenchidas. O presente estudo teve como objetivo avaliar os danos induzidos pela exposição de mexilhões da espécie Mytella charruana a lixiviados de BCs. Foram realizados dois experimentos considerando 24h (T1) e 120h (T2) de exposição em aquários de 20 L, contendo 16 mexilhões adultos em cada. Para obtenção das bitucas, os cigarros foram artificialmente fumados pelo emprego de uma bomba de vácuo de baixa pressão. Cinco diferentes tratamentos foram considerados, sendo um controle (TC), no qual os organismos foram expostos apenas à água do mar utilizada para diluição, e quatro diferentes concentrações, obtidas por diluições progressivas dos lixiviados: 0,01%, 0,1%, 1% e 10%. Ao final do período de exposição, sete organismos de cada aquário foram aletoriamente selecionados para a avaliação da estabilidade da membrana lisossômica, através dos tempos de retenção do corante vermelho neutro (TRVN). A composição e concentração dos metais e dos HPA presentes na água do experimento e no tecido dos organismos foram determinadas por espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas sequencial (GC-MS-MS), respectivamente. As concentrações desses contaminantes foram analisadas no lixiviado bruto, na água dos aquários (no início e fim dos experimentos) e no tecido dos organismos. No lixiviado, apenas o Cu, Fe e Zn foram quantificados em concentrações de 0,053, 0,045 e 0,060 mg L-1 , respectivamente. As concentrações destes elementos foram praticamente constantes nos dois experimentos e em todas as amostras analisadas. O ΣHPA no lixiviado foi de 2.149 ng L-1, com predominância dos compostos de baixo peso molecular. Nos organismos, só foram detectados o fenantreno e o naftaleno com concentrações totais de 3,75 a 15,6 ng g-1. Além da bioacumulação, outros processos físico-químicos contribuíram para a remoção dos HPA da coluna d’água. O TRVN variou de 0 a 120 minutos, para ambos os tempos de exposição. Foram encontradas diferenças significativas em todos os tratamentos em relação ao controle, exceto para a diluição de 1% no experimento T1. No T2 foi observada uma clara tendência de diminuição dos TR com o aumento da concentração do lixiviado. A concentração de HPA nos organismos apresentou uma correlação negativa com os TRVN. Os organismos expostos apresentaram alterações na membrana lisossômica em ambos os experimentos a partir da maior diluição (0,01%), sugerindo que uma única BC tem potencial para contaminar e impactar os organismos presentes em aproximadamente 2.500 L de água. A continuidade de estudos com BC é imprescindível para a plena compreensão dos reais efeitos que sua poluição pode causar no meio ambiente.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64347
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Oceanografia

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