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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64273

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Título: Caracterização geológica-estrutural no limite entre os domínios Alto Moxotó e Alto Pajeú (região de Betânia e Custódia-PE), Província Borborema, NE do Brasil
Autor(es): FRANÇA, Rafaela Henrique Mendes
Palavras-chave: Evolução crustal; domínio Alto Moxot; domínio Alto Pajeú
Data do documento: 9-Mai-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: FRANÇA, Rafaela Henrique Mendes. Caracterização geológica-estrutural no limite entre os domínios Alto Moxotó e Alto Pajeú (região de Betânia e Custódia-PE), Província Borborema, NE do Brasil. Tese (Doutorado em Geociências), Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: Os principais domínios tectônicos reconhecidos na Província Borborema (PB) são separados por extensas zonas de cisalhamento transcorrentes. Duas zonas de cisalhamento E-W destrais formam os principais lineamentos geofísicos que dividem a PB em três subprovíncias: Norte, Central e Sul. Na Subprovíncia Central (SC), o Domínio Alto Pajeú (DAP) difere dos demais por ser dominado por rochas vulcanossedimentares e ortognaisses graníticos formados no início do Neoproterozoico, enquanto o Domínio Alto Moxotó (DAM) é dominantemente composto por gnaisses paleoproterozoicos e sequências supracrustais. O limite entre estes domínios, para alguns autores, é representado pela zona de cisalhamento sinistral Afogados da Ingazeira (ZCAI), enquanto para outros, é representado por uma zona de cisalhamento contracional, denominada nappe Serra de Jabitacá (ZCSJ). Objetivando uma melhor compreensão do limite entre os domínios DAM e DAP, foram analisados dados aerogeofísicos, realizadas seções geológicas transversais para se obter dados estruturais, e coletadas amostras para estudos petrográficos, geoquímicos e geocronológicos. Caracterizando as estruturas que limitam estes domínios adjacentes, comparando e contrastando sua evolução tectonometamórfica, foi possível discutir se a ZCSJ representa o limite entre os domínios, ou se a ZCAI ou outra estrutura, ainda não caracterizada, seriam melhores opções, discutindo assim também acerca da evolução tectônica da SC. As seguintes unidades foram mapeadas: (I) Ortognaisses arqueanos graníticos a granodioríticos, localmente com lentes anfibolíticas, interpretados como litotipos representantes do Complexo Mulungu-Feliciano. Uma amostra datada forneceu idade U-Pb em zircão de 2.679 ± 27Ma, interpretada como idade de cristalização do protólito, e intercepto inferior em 1.985 ± 22Ma, interpretado como idade de metamorfismo. (II e III) Ortognaisses granodioríticos a monzograníticos paleoproterozoicos, incluídos nos complexos Cabaceiras (II) e Serra de Jabitacá (III). (IV) Augen gnaisses monzograníticos a granodioríticos das suítes intrusivas Riacho do Navio e Riacho do Forno. (V) Meta-hornblendito da Suíte Serrote das Pedras Pretas. (VI) Rochas metassedimentares (xistos, paragnaisses, quartzitos e mármores intercalados). (VII-X) Plútons Brasilianos, incluindo monzogranitos milonitizados do Plúton de Varzinha (VII), biotita anfibólio monzogranitos a granodioritos do stock de Betânia (VIII); biotita anfibólio monzogranitos cálcio-alcalinos do Batólito de Remédios (IX), e o leucogranito Custódia (X). Uma zona de cisalhamento contracional, correspondente à ZCSJ, não foi identificada na área de estudo, e seu traçado coincide com a zona de cisalhamento transcorrente Conceição (ZCC).Um mesmo comportamento estrutural é observado a leste e a oeste da ZCC, com a maioria das medidas de foliação, regionais ou miloníticas, com atitude NE-SW/NW. Além disso, também é observado um mesmo comportamento estrutural dos lineamentos obtidos por aerogeofísica e sensoriamento remoto, mesmo grau metamórfico das amostras ao longo das faixas miloníticas (400-500 oC) e metamorfismo regional semelhante, com feições microestruturais e associação metamórfica típica de deformação a temperaturas relativamente baixas. As semelhantes características geoquímicas das unidades estudadas sugerem que não há diferenças extremas dentre os ortognaisses e plútons brasilianos mapeados em ambos os lados da ZCC. As unidades são, em sua maioria, cálcio-alcalinas, magnesianas e fracamente peraluminosas, e seus padrões de ETR são bastante análogos. As características descritas acima e a falta de evidências de retrabalhamento, indicam que os blocos crustais separados pela ZCC possuem características semelhantes, e que a mesma não pode ser considerada como um limite de terrenos.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64273
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