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Título: Gênero e violência política no Brasil : um encontro com as narrativas das mulheres no Relatório da Comissão Nacional da Verdade
Autor(es): ARRUDA, Laisse Rafaela
Palavras-chave: Violência política; Ditadura Militar Brasileira; Mulheres; Comissão Nacional da Verdade; Despatriarcalização
Data do documento: 19-Dez-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: ARRUDA, Laisse Rafaela. Gênero e violência política no Brasil: um encontro com as narrativas das mulheres no Relatório da Comissão Nacional da Verdade. 2024. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: Este estudo analisou a construção de discursos sobre a violência política contra as mulheres na ditadura militar brasileira, com foco em como essas violências são apresentadas pelo Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV). A pergunta central foi: como a violência contra as mulheres na ditadura aparece no relatório da CNV? O relatório foi o principal material de análise, complementado por entrevistas e materiais jornalísticos. O objetivo foi analisar como ele constrói discursivamente essas violências, articulando-se ao legado de resistência das mulheres durante a ditadura. Para isso, buscou- se: (I) problematizar a relação entre democracia e violência política contra as mulheres no Brasil; (II) analisar continuidades e rupturas nessas práticas; e (III) construir diretrizes discursivas para enfrentá-las. A pesquisa apontou a ausência de uma perspectiva interseccional no relatório, especialmente em relação às mulheres negras e suas resistências, questionando como a memória coletiva pode emergir como força transformadora ao reconhecer experiências históricas subalternizadas. Embasadas nas teorias de Michel Foucault e Saidiya Hartman, com as noções de arqueologia, genealogia e fabulação crítica, as análises fortaleceram histórias silenciadas e desestabilizando narrativas hegemônicas. As torturas físicas e psicológicas se destacaram como ferramentas de repressão que, além de marcar as vítimas, impactaram suas vidas pessoais e profissionais. As mulheres foram alvos de violências específicas, relacionadas ao controle do corpo e da identidade de gênero, perpetuando o sistema patriarcal e autoritário. O estudo ressaltou a interseccionalidade das opressões, evidenciando como o biopoder visava subjugar mulheres politicamente engajadas, subalternizando suas trajetórias. Também conectou esses eventos à atualidade, destacando retrocessos democráticos e a urgência de despatriarcalizar o Estado para garantir uma democracia inclusiva e justa.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64130
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Psicologia

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