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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64023

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Título: Diagnóstico geoquímico histórico e recente do Rio Beberibe, Região metropolitana do Recife Estado de Pernambuco
Autor(es): ARRUDA, Gilberto Nascimento de
Palavras-chave: Geociências; Sedimentos; Geocronologia; Metais tóxicos; Geoquímica; Rio Beberibe
Data do documento: 7-Fev-2020
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: ARRUDA, Gilberto Nascimento de. Diagnóstico geoquímico histórico e recente do Rio Beberibe, Região metropolitana do Recife Estado de Pernambuco. 2020. Tese (Doutorado em Geociências) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
Abstract: As águas do Rio Beberibe são utilizadas para abastecimento público das cidades de Recife e Olinda desde o século XIX. Após 1970, observou-se um crescente número de assentamentos precários em seu curso, contribuindo para o aumento de resíduos domésticos e, consequentemente, contaminação das águas. Além disso, na Bacia Hidrográfica, existiram dois curtumes (fonte potencial de Cr), uma indústria têxtil (Ti e Pb) e uma cervejaria (fonte potencial de Cr e Cu) em seus efluentes. Atualmente, ocorrem fontes metalúrgicas (contribuem com Ni e Cr) e indústrias plásticas (utilizam compostos de Cd como pigmentos), assim como fontes antropogênicas atmosféricas de Cd e Zn, característica dos grandes centros urbanos, um lixão, instalado dentro de uma antiga cava de extração de fosfato (fonte geogênica de Zn e diversos elementos químicos), que foi utilizado para a fabricação de fertilizantes até 1970. Considerando a pressão antropogênica, este trabalho tem como objetivo realizar o diagnóstico geoquímico recente e histórico a partir de análises químicas de sedimentos de fundo (perfil e superficial) do Rio Beberibe. Para isso, foram coletadas dezoito amostras de sedimento de fundo superficial, sendo (14 amostras no Rio Beberibe e 4 amostras nos principais tributários). Após secagem, moagem e lixiviação com ácido clorídrico, Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn foram determinados por Espectrometria de Absorção Atômica - AAS. Para a geocronologia e histórico de impactos, foram coletados três testemunhos (perfis) ao longo do Rio Beberibe. As concentrações de atividade de Pb-210 foram obtidas em amostras preparadas radioquimicamente e analisadas pela técnica do Contador Proporcional de Fluxo Gasoso. As taxas de sedimentação foram estimadas a partir do método CRS. Os elementos químicos Al, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn também foram determinados nas amostras por EDXRF para a obtenção dos teores totais. Nos sedimentos superficiais, as concentrações máximas disponíveis (lixívia) obtidas para os metais Cd, Cu e Pb foram 3,8 mg kg-1 , 84 mg kg-1 e 57 mgkg-1 , respectivamente, que ultrapassaram os respectivos limites estabelecidos por agências ambientais internacionais. Os sedimentos superficiais estudados apresentaram concentrações de Cd, Cu e Pb consideradas tóxicas, com possível efeito adverso às comunidades biológicas. Zn foi considerado um dos mais problemáticos elementos químicos, já que suas concentrações ultrapassaram os limites ERM e PEL, já ocasionando efeitos tóxicos sobre a comunidade aquática. Todavia, de maneira geral, o Rio Beberibe apresentou sedimentos enriquecidos na maioria dos elementos químicos estudados, sendo o mais impactado quando comparado aos demais rios litorâneos (Beberibe > Botafogo > Timbó). Especificamente no baixo Beberibe, encontrou-se uma concentração de Zn anômala de 363 mg kg-1 na profundidade de 33-36 cm do testemunho, para qual se obteve idade de 114 anos (ano de 1904), indicando que o aporte de Zn já existia à época (fonte geogênica). Com o diagnóstico geoquímico histórico e recente realizado, medidas mitigadoras podem ser realizadas pelos órgãos competentes como a identificação das fontes poluidoras, o tratamento dos resíduos e a orientação para população, de modo a melhorar as condições sanitárias do Rio Beberibe.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64023
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Geociências

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