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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63941

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Título: Mudanças climáticas e o futuro das gorgônias recifais (Ordem Malacalcyonacea) em comunidades recifais do Atlântico Sul
Autor(es): FIALHO, Cláudio Henrique Gomes
Palavras-chave: Tolerância térmica; Modelagem de nicho ecológico; Estresse oxidativo; Cultivo ex situ; Assembleias de peixes recifais; Octocorallia
Data do documento: 29-Jan-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: FIALHO, Cláudio Henrique Gomes. Mudanças climáticas e o futuro das gorgônias recifais (Ordem Malacalcyonacea) em comunidades recifais do Atlântico Sul. 2025. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Nas últimas décadas, fatores como mudanças climáticas, poluição, pesca excessiva e desenvolvimento costeiro têm acelerado a degradação dos recifes de coral. As gorgônias, importantes componentes bentônicos no fornecimento de complexidade estrutural e habitat, são tradicionalmente consideradas mais resistentes às flutuações ambientais, porém, evidências recentes sugerem que essa resiliência pode ser limitada, especialmente sob estresse térmico prolongado. Neste contexto, investigamos a vulnerabilidade de três espécies de gorgônias recifais do Atlântico Sul (Muriceopsis sulphurea, Phyllogorgia dilatata e Plexaurella grandiflora), considerando ações de conservação ativa, respostas ao estresse térmico, projeções de distribuição geográfica e influência na ictiofauna. No primeiro capítulo, foi desenvolvido e testado um protocolo de manutenção ex situ para Muriceopsis sulphurea em um experimento controlado de 150 dias. Fragmentos ramificados apresentaram uma taxa de sobrevivência de 96,1%, significativamente superior aos não ramificados (78,6%), e um crescimento aumentado em 12% após início da suplementação alimentar com o enriquecimento de Artemia salina com farinha de arroz e spirulina. No segundo capítulo, a resposta fisiológica ao estresse térmico foi avaliada em três espécies submetidas a elevações de +2°C e +4°C. Muriceopsis sulphurea e Phyllogorgia dilatata apresentaram necrose tecidual acelerada e mortalidade, enquanto Plexaurella grandiflora demonstrou maior tolerância térmica, ainda que com elevação de 32% nos biomarcadores de estresse oxidativo. O terceiro capítulo analisou a influência das gorgônias na estrutura de assembleias de peixes recifais em recifes no Nordeste do Brasil. Embora a presença das gorgônias não tenha alterado significativamente a abundância e a riqueza de espécies, foi constatada variação na composição, com maior abundância de Stegastes fuscus e Abudefduf saxatilis em áreas sem gorgônias. No quarto capítulo, Modelos de Nicho Ecológico foram aplicados para projetar a distribuição futura das três espécies sob cenários climáticos para 2050 e 2100. Os resultados indicaram uma contração de 45% da área adequada para M. sulphurea, estabilidade relativa para P. dilatata e uma possível expansão de 27% para P. grandiflora ao sul da costa brasileira. Conclui-se que, as gorgônias recifais demonstram vulnerabilidades distintas ao aquecimento global, exigindo assim estratégias de conservação espécie-específicas, como iniciativas de restauração e fomento de dados para orientar as ações de conservação futuras.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63941
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Biologia Animal

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