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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63859

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Título: O caminho erótico da ética no Banquete de Platão
Autor(es): GAMA, Guilherme Nunes
Palavras-chave: Eros; Zetesis; Metaxy; Banquete; Platão
Data do documento: 26-Fev-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: GAMA, Guilherme Nunes. O caminho erótico da ética no Banquete de Platão. 2025. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Segundo Platão, o desejo é elemento fundamental na constituição da natureza humana. Na Grécia antiga, este termo era entendido ora como um deus, ora como pathos (afecção). Eros seria o que denominamos desejo ou amor, sendo o termo “erótico”, utilizado para expressar esse impulso único. No Banquete, Platão discorre sobre o erotismo. Nesse diálogo, há uma reflexão acerca do deslocamento do desejo, inicialmente direcionado aos belos corpos (sensível) para o desejo voltado ao belo em si (inteligível). A tradição filosófica comum passou a atribuir caráter puramente teórico aos eide (Formas/Ideias) de Platão, excluindo sua importância prática. Contrariando isso, o Banquete discorre acerca da harmonia entre esses polos tidos como inconciliáveis. Equilíbrio que se cumpre mediante compreensão do conceito de intermediário (metaxy), princípio mediador que permite pensar a passagem entre o desejo voltado ao sensível e o desejo voltado ao inteligível. O erotismo ao sensível, na scala amoris, é condição necessária para alcançar o inteligível, o belo e o bem em si. Deste modo, analisaremos, por meio do caminho do fenômeno Eros, a praxis do erotismo direcionado à beleza demonstrada por Platão. Ação que o autor desempenha ao realizar outra leitura deste fenômeno em relação à tradição poética de seu tempo, além de uma nova apologia de Sócrates. Notadamente, ao apresentar o modo de vida (bios) socrático como arquétipo de virtude e excelência (arete). Esse modo de vida é caracterizado pela zetesis (busca incessante) erótica à filosofia. Demonstrando isso, o Banquete pode ser caracterizado como texto filosófico fundamental para o ethos (costumes), e sua análise do desejo como elemento inevitável da natureza humana, logo, essencial para compreender a ética do erotismo da polis grega antiga à atualidade.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63859
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Filosofia

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