Uma estética Manguebeat? as dimensões simbólicas e imagéticas do movimento Manguebeat.

Abstract

Ao explorar os aspectos principais do Manguebeat, no presente Memorial buscamos analisar as dimensões simbólica e imagética do movimento no imaginário de Pernambuco. Investigamos os símbolos e as manifestações artísticas que contribuíram para a criação de sua estética singular. Os resultados e discussões se concentram na expressão identitária do Manguebeat e de seus símbolos e em como estes ressignificam importantes elementos do cotidiano no imaginário coletivo e histórico de Recife e Pernambuco. As discussões se concentram na expressão da identidade Manguebeat, da antena parabólica e do caranguejo e do mangue. Para alcançar esses objetivos, adotamos uma perspectiva fenomenológica (Moreira, 2002; Carvalho; Cardoso, 2015), com base na Teoria do Imaginário de Gilbert Durand (2001; 2004) e na imaginação poética de Gaston Bachelard (1942; 2008). A metodologia incluiu visitas ao Centro do Recife, Rua da Moeda, músicas e buscas online por conteúdos e imagens relacionadas ao Manguebeat. Esses dados foram analisados a partir das perspectivas teóricas selecionadas, com intuito de compreender como o imaginário local e a estética emergem nas representações simbólicas utilizadas pelos artistas do movimento. O caminho metodológico da pesquisa decorre de uma perspectiva fenomenológica a partir das categorias teóricas ‘estética’ e ‘sensibilidade’ percebidas no registro e interpretação das imagens.