Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63690
Compartilhe esta página
Título: | MEU COMPUTADOR FOI DE ARRASTA PRA CIMA E EU TÔ ASSIM AGORA: UM ESTUDO DA CONSTRUÇÃO DE FIM DESFAVORÁVEL [(X) IR DE [Y]] SOB A PERSPECTIVA COGNITIVA-FUNCIONAL |
Autor(es): | SANTANA, Vitor Gabriel Silva de |
Palavras-chave: | Verbo ir; Construção inovadora; Funcionalismo; Gramática de construções |
Data do documento: | 11-Abr-2025 |
Citação: | SANTANA, Vitor Gabriel Silva de. MEU COMPUTADOR FOI DE ARRASTA PRA CIMA E EU TÔ ASSIM AGORA: UM ESTUDO DA CONSTRUÇÃO DE FIM DESFAVORÁVEL [(X) IR DE [Y]] SOB A PERSPECTIVA COGNITIVA-FUNCIONAL. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras Português - Licenciatura) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | Em seus usos mais convencionais, o verbo ir é mobilizado pelos falantes para codificar a idéia de um deslocamento concreto, ou seja, expressa que um trajeto é percorrido de um ponto de partida a um ponto de destino, entendido aqui como meta, a exemplo de: como assim minha mãe foi de carro pro posto de saúde e eu terei q ir de apé cm guarda chuva pro trabalho. Porém, diante das interações comunicativas dos falantes, sobretudo nos ambientes digitais, fomos percebendo a instanciação de novos usos com esse verbo que se distanciam daqueles mais prototípicos, como em: Comi uma uma barca de açaí ontem e minha barriga foi de arrasta pra cima hoje. Tendo em vista esse novo tipo de uso, a essa pesquisa interessou investigá-lo para a descrição e análise do fenômeno. A investigação realizada se fundamenta teoricamente nos pressupostos da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), compreendida como o diálogo entre o Funcionalismo norte-americano e a Gramática de Construções. Sob essa perspectiva, a gramática da língua é concebida como um sistema adaptativo complexo emergente das práticas discursivas (Hopper, 1987), sendo a construção, enquanto pareamento de forma e sentido, tomada como sua unidade básica (Croft, 2001; Goldberg, 2006; Hilpert, 2014; Traugott e Trousdale, 2021[2016]). O corpus utilizado para a pesquisa é composto por 525 constructos coletados da rede X (antigo Twitter). As ocorrências identificadas foram analisadas quanto aos seus aspectos de forma e significado. Do ponto de vista da forma, foram observados os elementos preenchedores dos slots X e Y, as flexões do verbo ir, a presença de material linguístico interveniente entre o verbo ir e o slot Y e a possibilidade de deslocamento do slot Y. Do ponto de vista do significado, foram analisados o sentido de deslocamento, se concreto ou abstrato, o papel temático do preenchedor do slot X, o valor semântico do elemento preenchedor do slot Y e a intenção comunicativa do falante ao empregar a construção. Além disso, para a análise, adotou-se uma abordagem quali-quantitativa, também conhecida como método misto (Lacerda, 2016). Constatou-se, por meio da análise das ocorrências, que diferentemente das realizações mais prototípicas com o verbo ir, que codifica uma noção de um deslocamento que se dá de forma concreta, a construção emergente do português [(X) ir de [Y]] é mobilizada pelos falantes/escreventes com a intenção de expressar um deslocamento que se dá de forma metafórica diante de uma situação que se encaminhou de maneira negativa. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63690 |
Aparece nas coleções: | (TCC) - Letras - Português |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TCC - Vitor Gabriel Silva de Santana .pdf | 369,3 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons