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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63689
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Título: | Heterossexualidade compulsória e educação : narrativas de professoras lésbicas e as tensões no contexto escolar |
Autor(es): | AMANDO, Marília Rocha |
Palavras-chave: | Professoras lésbicas; Gênero; Sexualidade; Heteronormatividade; Escola |
Data do documento: | 26-Fev-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | AMANDO, Marília Rocha. Heterossexualidade compulsória e educação: narrativas de professoras lésbicas e as tensões no contexto escolar. 2025. Tese (Doutorado em Educação Contemporânea) – Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2025. |
Abstract: | Professoras lésbicas passam por várias adversidades no meio escolar, tais como questionamentos, constrangimentos e, até mesmo, demissão lesbofóbica. Entendendo que a sociedade exerce um poder dominante sobre as mulheres, em que a opressão feminina ocorre por meio das relações de poder. Assim, o presente estudo de natureza analítico-descritiva, com abordagem qualitativa, fez uso de entrevistas narrativas com o objetivo de compreender como professoras lésbicas das cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA, que atuam na educação básica, lidam com as relações/tensões presentes no ambiente normativo da escola. Dentre as referências que embasam essa reflexão, destacam-se a Teoria da Performatividade e as denúncias relacionadas aos problemas relacionados ao gênero; as epistemologias dos armários; e os conhecimentos epedagogias, engendrados a partir das vivências lésbicas. Todos esses aspectos se vinculam ao Paradigma Pós-Estruturalista que denuncia a relação entre práticas escolares, corpos, gêneros e sexualidade equivocadamente dicotômicas e essencialistas. Desse modo, evidenciou-se que as professoras tinham suas competências profissionais e sua “moral” questionadas quando são identificadas como mulheres lésbicas pelos pais, as fazendo passar por uma excessiva vigilância externa e interna, reafirmando que a professora lésbica é vista como um corpo político estigmatizado, por meio da normatividade, pela sociedade da heterossexualidade compulsória e/ou heteronrmativa. Devido a essa normatividade e por atuarem em um campo que reforça fortemente a hererossexualidade compulsória, o uso do armário aconteceu, geralmente, de forma cíclica. As professoras recorrem a ele quando passam por olhares e questionamentos constrangedores e desnecessários, lançados por pais e mães das/dos estudantes. Em contrapartida, as professoras também encontraram acolhimento e reconhecimento por parte das/dos alunas/os e algumas/alguns colegas. Elas usaram da estratégia afetiva para fazer seus enfrentamentos de acordo com a arena de luta política e, mesmo com medo das consequências que a revelação da orientação sexual pudesse trazer, as professoras desse estudo seguiam buscando diferentes formas para construir uma visibilidade lésbica nas escolas em que atuavam e, através de diálogos e enfrentamentos, buscaram edificar um ambiente seguro para elas mesmas, visando fortalecer estratégias e intervenções de combate a lesbofobia e promoção de um caráter plurla e democrático na instituiçao escolar. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63689 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Educação Contemporânea / CAA |
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