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Título: Diversidade de ascomicetos assexuais do folhedo terrestre às margens dos rios Tapacurá e Paratibe em Pernambuco, Brasil
Autor(es): LIMA, Milena Melo de.
Palavras-chave: Mata ciliar; Riqueza; Fungos conidiais
Data do documento: 24-Fev-2025
Citação: Lima, Milena Melo de. Diversidade de ascomicetos assexuais do folhedo terrestre às margens dos rios Tapacurá e Paratibe em Pernambuco, Brasil. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas com ênfase em Ciências Ambientais) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: A qualidade de vida de aproximadamente 60% da população brasileira é dependente da preservação de remanescentes florestais da Mata Atlântica, responsáveis pela proteção de nascentes e fontes que regulam os mananciais. Além disso, os remanescentes auxiliam na regulação do clima, da temperatura do solo e protegem escarpas e encostas de morros. O solo da mata é revestido pela serapilheira, formada por cascas das árvores e frutos, folhas, caules, e restos de animais em decomposição que constituem os detritos, considerados componentes principais dos ecossistemas. Os ascomicetos assexuais realizam uma porção significativa da decomposição desses detritos e contribuem com os processos bioquímicos que ocorrem no ecossistema. O objetivo deste trabalho foi estudar os ascomicetos assexuais de folhedo das margens dos rios Tapacurá e Paratibe. As folhas coletadas foram levadas para o Laboratório de Hifomicetos de Folhedo para processamento e análise. Foram analisados 288 fragmentos coletados em quatro expedições a campo. Nos fragmentos foram identificados 45 táxons de fungos conidiais, totalizando 241 ocorrências em ambas as matas ciliares. Desses, 29 identificados ao nível de espécie, 7 de gênero e 11 não puderam ser identificados. Na mata ciliar do rio Tapacurá foram identificados 24 táxons, enquanto na mata ciliar do rio Paratibe foram identificados 32 táxons. As espécies mais abundantes foram Wiesneriomyces laurinus e Beltrania rhombica, seguida de Thozetella cristata. A maioria dos ascomicetos assexuais identificados pertence à classe Sordariomycetes. Verticimonosporium diffractum Matsush, registrada no Tapacurá, no ponto 2, com duas ocorrências, é o primeiro registro para América do Sul. A curva de rarefação para o Paratibe não atingiu a assíntota, evidenciando que mais espécies poderiam ser identificadas com maior esforço amostral. Dentre os índices de diversidade, não houve diferença significativa (p < 0,05) entre as duas áreas. Em contrapartida, a pluviosidade teve forte influência nos resultados. Em relação ao índice de similaridade de Bray-curtis entre os pontos de coleta, foi possível observar que os pontos 1 e 2 do Paratibe se agruparam com 55% de similaridade. Com a análise de componentes principais foi possível observar que Dim1 e Dim2 descrevem 80% dos dados. A primeira componente descreve 58,2% e a segunda 22,6%. O ponto P2, localizado no Paratibe, foi o local mais impactado por atividades antrópicas. Por outro lado, o ponto P1 foi considerado bem conservado, apresentando maior número de táxons. O ponto T1 (Tapacurá) apresentou menos táxons quando comparado com o T2. A partir dos resultados foi possível inferir que o desmatamento das matas ciliares resulta em pouca vegetação margeando os corpos d'água, o que resulta em escasso depósito de matéria orgânica para colonização pelos fungos. Além disso, fatores ambientais, como a pluviosidade, influenciam a riqueza de ascomicetos assexuais. O desmatamento e as condições ambientais alteram a presença e colonização da matéria orgânica por micro-organismos, especialmente os fungos conidiais decompositores do folhedo, afetando a dinâmica do ecossistema.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63364
Aparece nas coleções:(CB) - TCC - Ciências Biológicas (Ciências Ambientais)

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