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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62914
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Title: | Avaliação da composição química e da toxicológica de preparações de frutos de Morinda citrifolia Linn. frente a Aedes aegypti e Mus musculus |
Authors: | ARRUDA, Marília Gabriela Muniz |
Keywords: | Inseticidas naturais; "Noni"; Dengue |
Issue Date: | 30-Apr-2024 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citation: | ARRUDA, Marilia Gabriela Muniz. Avaliação da composição química e da toxicidade de preparações de frutos de Morinda citrifolia Linn. frente a Aedes aegypti e Mus musculus. 2024. Tese (Doutorado em Bioquímica e Fisiologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | No cenário atual, nota-se um aumento expressivo de casos de dengue no Brasil, sendo essa doença considerada um dos principais problemas de saúde pública. O avanço no número de casos tem levado a uma urgência epidemiológica com consequente aumento no uso de inseticidas sintéticos no combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, o qual também transmite outras arboviroses, como chikungunya e zika. Porém, além da toxicidade ao meio ambiente, o uso indiscriminado desses produtos tem aumentado a resistência do vetor a essas substâncias. Tendo em vista, os problemas ocasionados por essas arboviroses, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade inseticida do óleo essencial e do extrato etanólico dos frutos de Morinda citrifolia Linn. frente Ae. aegypti e avaliar a toxicidade oral aguda em camundongos. A análise química do óleo essencial foi realizada por meio da cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) e a do extrato etanólico através de Cromatografia de Camada Delgada (CCD). Para os ensaios biológicos com Ae. aegypti, utilizou-se a fase larval no terceiro instar submetida a diferentes concentrações do óleo essencial (0,187 a 1,5 μg/mL) ou extrato (10 a 50 mg/mL) por períodos de até 24 horas. A avaliação da toxicidade oral aguda para camundongos Swiss seguiu a metodologia da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD 423). Genotoxicidade e mutagenicidade do óleo essencial e do extrato etanólico foram investigadas in vivo em camundongos através do ensaio cometa e do teste do micronúcleo, respectivamente. Os componentes majoritários do óleo essencial foram o ácido hexanóico (15%), ácido octanóico (38,55%) e octanoato de etila (24%), do extrato etanólico foram encontrados alcaloides, antraquinonas, derivados antracênicos, mono, sesqui e diterpenos. Nos testes de larvicida frente a Ae. aegypti, o óleo essencial e o extrato causaram morte larval. A concentração letal necessária para matar 50% das larvas (CL50) do óleo foi de 0,389 μg/mL, considerando 30 min de tratamento, enquanto para o extrato etanólico foi 5,047 ± 0,745 para 16 horas. No teste de toxicidade aguda, não foi constatado óbito na dose testada (2.000 mg/kg) tanto para o óleo essencial quanto para o extrato etanólico, sendo enquadrados na Classe 5 (baixa toxicidade). Os índices hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com óleo essencial quanto para o extrato etanólico não apresentaram variações significativas quando comparados aos do controle. Foram realizadas as análise histólogica dos órgãos (fígado, rim e baço) onde foi possível observar alterações no fígado dos animais tratados com óleo essencial ou extrato etanólico, porém, consideradas reversíveis. No ensaio cometa, os valores de índice de danos (ID) e frequência de danos (FD) observados para o óleo essencial a 2000 mg/kg (ID = 34,60 ± 5,73; FD = 27,40 ± 1,5) e a 1000 mg/kg (ID = 17,20 ± 4,66; FD = 13,60 ± 2,41) e do extrato etanólico também nas mesmas doses supracitas a 2000 mg/kg (ID = 83,80 ± 5,40; FD = 67,60 ± 2,30) e a 1000 mg/kg (ID = 39,73 ± 7,89; FD = 23,73 ± 2,52) não diferiram do controle negativo e foram significativamente menores que o controle positivo tanto para o óleo essencial (ID = 218,40 ± 9,34; FD = 98,20 ± 2,1), quanto para o extrato etanólico (ID =218,40 ± 9,34; FD = 98,20 ± 2,17). Os números de eritrócitos com micronúcleos para o grupo controle negativo e tratados com o óleo essencial e com o extrato etanólico nas doses de 1000 e 2000 mg/kg não tiveram diferença significativa, indicando ausência de efeito mutagênico. Em conclusão, o óleo essencial e o extrato etanólico dos frutos de M. citrifolia apresentou atividade larvicida contra Ae. aegypti e baixa toxicidade para camundongos. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62914 |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado - Bioquímica e Fisiologia |
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