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Título: "Rios, pontes e overdrives": Morcegos no rio Capibaribe na cidade de Recife
Autor(es): SILVA, Ewelyn Kailane Lopes da
Palavras-chave: Morcegos urbanos; Monitoramento bioacústico ativo; Uso de pontes como abrigo; Corredores ecológicos fluviais; Ecologia urbana
Data do documento: 20-Mar-2025
Citação: LOPES DA SILVA, Ewelyn Kailane. "Rios, pontes e overdrives": Morcegos no rio Capibaribe na cidade de Recife. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: A urbanização é uma das causas do acelerado processo de degradação ambiental atual, pois é uma forma extrema de alteração de ambientes antes naturais. Ambientes urbanos têm se expandido em todo o mundo, afetando a biodiversidade remanescente. A redução da biodiversidade em cidades compromete a saúde dos ecossistemas urbanos, diminuindo sua resiliência a eventos climáticos extremos, e compromete serviços ecossistêmicos. Os impactos da urbanização podem ser ainda mais graves em áreas megadiversas que já foram impactadas por outros processos. Embora sejam repletas de agentes estressores, as cidades ainda assim podem ser o habitat de várias espécies. Dentre os grupos de animais capazes de utilizar ambientes urbanos estão os morcegos, a ordem de mamíferos com o maior número de espécies encontradas em áreas urbanas. No Brasil, por exemplo, ao menos 84 das 186 espécies de morcegos já foram registradas em áreas urbanas. Em ambientes urbanos que carecem de abrigos naturais, pontes e rios desempenham um papel importante na conservação e suporte das populações de morcegos. Entretanto, há poucos estudos sobre o comportamento, o uso de habitats modificados, os padrões de deslocamento, e as preferências por abrigos por morcegos urbanos no Brasil, e praticamente nada se sabe sobre como os morcegos usam pontes em centros urbanos do país. Neste estudo, analisamos se as pontes do rio Capibaribe, na região metropolitana de Recife, abrigavam colônias de morcegos, e como era a atividade destes animais ao longo das margens do rio. Utilizamos uma combinação de vistoria presencial em 15 pontes e monitoramento bioacústico dos morcegos em 22 pontos amostrais ao longo do rio. As pontes vistoriadas não abrigam colônias evidentes de morcegos, o que pode ser decorrente de uma combinação de reformas recentes nestas estruturas, e das características ambientais desses locais, como o trânsito intenso sobre e ao redor delas e, em especial, da baixa e variável distância entre as pontes e a água do rio. Embora não tenham sido constatadas colônias nas pontes, ainda assim nossas análises indicam que morcegos utilizam o rio Capibaribe de Recife como corredor de deslocamento e área de forrageamento, com ao menos cinco espécies detectadas nos trechos e períodos monitorados, emitindo tanto sinais de ecolocalização de busca, quanto sinais de forrageio, e sinais sociais. Observamos maior atividade em determinadas áreas do rio, especialmente nos pontos com mais vegetação ripária. Ao documentar a riqueza e atividade de morcegos ao longo de um curso d´água (Rio Capibaribe) em uma grande metrópole (Recife), esperamos ter contribuído para o tema, preenchendo lacunas para o Brasil e a região Neotropical.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62243
Aparece nas coleções:(CB) - TCC - Ciências Biológicas (Bacharelado)

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