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Título: Avaliação dos mecanismos de ação dos derivados tiofênicos frente a células leucêmicas resistentes a quimioterapia
Autor(es): BRITO, Vanessa de Albuquerque
Palavras-chave: Tiofeno; Leucemia; Resistência
Data do documento: 1-Nov-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: BRITO, Vanessa de Albuquerque. Avaliação dos mecanismos de ação dos derivados tiofênicos frente a células leucêmicas resistentes a quimioterapia. 2024. Dissertação (Mestrado em Inovação Terapêutica) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: A leucemia promielocítica aguda (LPA) é uma forma agressiva de leucemia mieloide aguda caracterizada pela rápida proliferação de células imaturas, e cuja resistência a quimioterápicos é um desafio para o seu tratamento. Nesse cenário, os compostos tiofênicos, com uma estrutura molecular versátil e propriedades citotóxicas, torna-se uma molécula promissora para o tratamento da LPA. Diante do exposto, este estudo buscou investigar a ação de derivados tiofênicos nas vias de sinalização celular em linhagem de LPA. Para isso, foi utilizada a linhagem HL60/MX1, para avaliar o potencial citotóxico dos derivados tiofênicos SB44, SB83 e SB200, através do ensaio 3-(4, 5- dimethylthiazolyl-2)-2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT), seguida de uma abordagem proteômica livre de marcadores (label-free) com uma posterior análise de ontologia gênica. Com base nos resultados da análise proteômica, foi possível avaliar os mecanismos celulares envolvidos com o tratamento com os tiofênicos. As avaliações incluíram a quantificação de níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS), a imunofenotipagem, bem como a análise do estresse do retículo endoplasmático e da dinâmica do ciclo celular com auxílio da citometria de fluxo. Com relação a avaliação da citotoxicidade dos derivados, identificou-se que os derivados SB44, SB83 e SB200 apresentaram concentração inibitória média (IC50) de 13,94 μM (±1,09), 19,19 μM (±2,57) e 2,58 μM (±0,36), respectivamente. No que se diz respeito à análise de ontologia gênica, o tratamento das células HL60/MX1 com diferentes compostos resultou em alterações em várias vias de sinalização. O composto SB44 modulou a regulação do citoesqueleto, expressão gênica, sinalização celular, ciclo celular e organização molecular e estrutural, além de modular vias de regulação metabólica, gênica, citoesqueleto, peptídeos e angiogênese. O tratamento com o composto SB83 levou a modificações associadas à organização de organelas, regulação de componentes celulares, dinâmica proteica e processos celulares e metabólicos, alterando ainda vias relacionadas à imunomodulação, inflamação, crescimento celular e resposta imune. Por fim, o tratamento com o composto SB200 modulou as proteínas envolvidas na adesão celular, regulação do citoesqueleto, morfologia celular, além da organização molecular e estrutural. Observou-se um evidente aumento na produção de superóxido nas células HL- 60/MX1 após 24 horas de tratamento com os derivados SB44 (p = 0,0043) e SB83 (p = 0,0004), em comparação ao controle veículo (DMSO). As análises imunofenotípicas mostraram que esses derivados também aumentaram significativamente a expressão de HLA-DR e CD16. Os valores de significância para HLA-DR foram SB200 (p = 0,0030), SB44 (p = 0,0022) e SB83 (p = 0,0028), enquanto para CD16 foram SB200 (p = 0,0222), SB44 (p = 0,0058) e SB83 (p = 0,0195). Além disso, SB44 e SB83 reduziram significativamente a expressão de CD45RA, com p = 0,0310 e p = 0,0299, respectivamente. Por fim, os resultados da análise do ciclo celular apontaram que, após 24 horas, SB44 reduziu a porcentagem de células na fase G1 de 35,75% ± 0,7 para 25,65% ± 0,7 (p = 0,009) quando comparado ao DMSO. Após 48 horas, o mesmo derivado reduziu a fase S de 31,05% ± 1,3 para 19,65% ± 0,7 (p =0,01). O SB83 também mostrou uma redução na fase S após 48 horas, de 31,05% ± 1,3 nas células tratadas com DMSO para 18% ± 5,23 (p = 0,009). Portanto, os derivados tiofênicos SB44, SB83 e SB200 demonstraram atividade antitumoral in vitro contra HL-60/MX1, capacidade de modular diferentes vias de sinalização, aumentar a geração de ROS, produzir alterações fenotípicas e alterar o ciclo celular. Dessa forma, estes compostos se destacam como potenciais agentes terapêuticos eficazes na LPA resistente ao tratamento.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62220
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Inovação Terapêutica

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