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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62034
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Título: | Quem diz chacina diz o quê? genocídio negro, acontecimento violento e sentidos em disputa em relatos midiáticos |
Autor(es): | FERREIRA JUNIOR, Sergio do Espirito Santo |
Palavras-chave: | Acontecimento; Genocídio negro; Relato midiático; Violência; Chacina |
Data do documento: | 16-Dez-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | FERREIRA JUNIOR, Sergio do Espirito Santo. Quem diz chacina diz o quê? genocídio negro, acontecimento violento e sentidos em disputa em relatos midiáticos. 2024. Tese (Doutorado em Curso) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | Como ocorrência concreta e parte dos saberes sobre violência e segurança pública no Brasil, o tema das chacinas, especialmente aquelas perpetradas por agentes vinculados ao Estado, tem suscitado o reexame das múltiplas facetas que envolvem o fenômeno. Buscamos abordá-las aqui como acontecimentos violentos para compreender como evidências do genocídio negro encontram-se presentes em relatos midiáticos a seu respeito, tomando como ponto de partida aquela que ficou conhecida como a Chacina de Belém, que ocorreu em 2014, no estado do Pará, cometida por grupos milicianos como retaliação ao assassinato de um policial militar líder de um esquadrão da morte. Para tanto, apresentamos como o genocídio negro se manifesta em nosso país, apontando as relações entre sua ocorrência e a violência e o terrorismo de Estado racialmente orientados, em que este mesmo Estado se encontra ativamente engajado no extermínio das populações negras e periféricas. Do ponto de vista teórico-metodológico, lidamos com os relatos midiáticos a partir de como integram um processo de acontecimentalização, identificado como o trabalho realizado coletivamente por múltiplos agentes para definir e descrever aquilo que se passou na vida social, por meio de uma atividade de feitura dos acontecimentos. O estudo da chacina contempla seu percurso acontecimental, noção relacionada às operações de caráter público em torno do acontecimento para descrevê- lo, explicá-lo e lhe conferir identidades mais ou menos estabilizadas, com atenção para os fluxos que participam de sua formação. Diante da preocupação com a violência racializada e a racialização desse massacre, analisamos um ano de cobertura sobre a chacina a partir de relatos midiáticos publicados na internet, das mais diversas origens institucionais, como mídias jornalísticas, político-partidárias, de movimentos sociais etc., que representam a reverberação desse acontecimento violento. A partir da análise deste percurso acontecimental, mapeamos os fluxos relacionados às ações no interior do acontecimento e aos estados de transformação pelo qual passou. A constituição deste acontecimento-chacina como instância do genocídio negro torna-se evidente a partir dos padrões de vitimação, da inexistência de um luto coletivo para além das comunidades periféricas, pela intensa demanda por responsabilização do Estado feita pela sociedade civil, e pelo ocultamento dos rostos e histórias das vítimas deste massacre. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62034 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Comunicação |
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