Corpo fluido: processos artísticos enquanto autoafirmação trans.

Abstract

O trabalho "Corpo Fluido: Processos Artísticos Enquanto Autoafirmação Trans" aborda a vivência pessoal de Echo Haira Serra Azevedo, estudante de Design da UFPE, como pessoa trans não-binária, através da arte. Ele explora questões de identidade de gênero, especificamente a transgeneridade e suas múltiplas formas de expressão, utilizando-se de linguagens artísticas como a performance, a pintura e a poesia para investigar e comunicar sua jornada de autoconhecimento e afirmação. O projeto é apresentado como uma exposição artística com três performances principais: "Eu sou Cinza", "Me Encontrei no Espelho" e "Echo", cada uma retratando diferentes etapas do processo de auto aceitação e identidade. Através dessas performances, o autor expressa sua luta interna para se reconhecer e se afirmar como trans não-binário, abordando temas como a busca por uma identidade de gênero própria, a transformação física e o impacto social de sua transição. Inspirado em artistas como Lorenza Bottner, Fefa Lins e AuroAura, o trabalho também dialoga com a teoria queer e autores como Judith Butler e Paul B. Preciado, que questionam as normas binárias de gênero e propõem uma visão mais fluida e plural sobre a identidade. A conclusão do projeto destaca a importância da arte como ferramenta para a autoafirmação e a desconstrução de padrões cis-heteronormativos, além de propor uma oficina que incentive outras pessoas a explorar sua subjetividade através da criação artística.