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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60081

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Título: Investigação dos efeitos imunomodulador e antifibrótico da dexametasona em células de pacientes com esclerose sistêmica e em modelo experimental da doença
Autor(es): GONÇALVES, Maria Eduarda de Oliveira
Palavras-chave: Autoimunidade; Esclerodermia; Tratamento
Data do documento: 4-Mar-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: GONÇALVES, Maria Eduarda de Oliveira. Investigação dos efeitos imunomodulador e antifibrótico da dexametasona em células de pacientes com esclerose sistêmica e em modelo experimental da doença. 2024. Dissertação (Mestrado em Inovação Terapêutica) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, caracterizada por alterações vasculares, desregulação imunológica e fibrose da pele e órgãos internos. No tratamento da ES, a indicação de glicocorticoides é restrita devido a possibilidade de desenvolvimento de crise renal esclerodérmica. No entanto, na prática clínica, pacientes com acometimentos musculoesqueléticos ainda fazem uso, apesar da limitação nas evidências que demonstram os efeitos destes medicamentos no tratamento da doença. Dos poucos estudos realizados, os resultados obtidos sobre sua atividade frente a ES são controversos. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade imunomoduladora e antifibrótica ex vivo da Dexametasona (Dexa) em células de pacientes com ES e in vivo em modelo experimental da doença. Foram incluídos no estudo 20 pacientes com ES e 10 voluntários saudáveis. A partir do sangue coletado foi realizado o isolamento das células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) e em seguida o isolamento de macrófagos por meio de aderência e dos linfócitos T CD4± através de beads e coluna magnética. As células foram estimuladas com 100ng/mL de lipopolissacárideo (LPS) e 300 ng/mL de anti-CD3 e 400 ng/mL de anti-CD28, respectivamente, e expostas ou não a Dexa (1.000nM) para cultura celular. Os sobrenadantes de cultura foram recolhidos e utilizados para dosagem de citocinas e quimiocinas por ELISA. A ES experimental foi induzida em camundongos Balb/c através de injeções intradérmicas de ácido hipocloroso (HOCl) no dorso raspado dos camundongos (400 μL). O grupo controle recebeu injeções intradérmicas de PBS nas mesmas condições anteriormente descritas. Simultaneamente, os animais tratados (HOCl ou PBS) receberam injeções intraperitoneais de Dexa (1mg/Kg), 5 dias na semana por 6 semanas. Ao fim, os animais foram sacrificados. A fibrose dérmica e pulmonar foi avaliada por dosagem de hidroxiprolina, análise histopatológica e RT-qPCR. Os parâmetros imunológicos foram avaliados por ELISA. Os resultados foram analisados no software GraphPad Prism, versão 8.0 (San Diego, CA). Em sobrenadante de cultura de linfócitos T CD4± de pacientes com ES a Dexa reduziu significativamente a produção de IL- 4 (p<0,0001), IL-6 (p=0,0023), IL-13 (p<0,0001) e TNF (p=0,0005), bem como as citocinas IL-4 (p=0,0001), IL-13 (p=0,0003) e TNF (p=0,0009) em cultura de células de voluntários saudáveis. Ademais, a Dexa reduziu os níveis da quimiocina IL-8 (p=0,005) em sobrenadante de cultura de macrófagos de voluntários saudáveis. Os camundongos ES apresentaram espessamento dérmico significativamente maior que os animais do grupo controle (PBS) (p<0,0001). A Dexa reduziu significativamente a espessura da pele dos camundongos ES+Dexa em comparação aos camundongos ES) (p<0,0001). Foi observado aumento significativo da expressão gênica de Col1a1 (p=0,006) e Tgfβ1 (p=0,005) na pele e de Tgfβ1 (p=0,0001) nos pulmões dos camundongos ES em comparação ao grupo controle. Verificou-se redução significativa na expressão do mRNA de Col1a1 (p=0,002), Tgfβ1 (p<0,0001) e Acta2 (p<0,0001) na pele e de Tgfβ1 (p=0,005) nos pulmões do grupo de camundongos ES+Dexa quando comparado aos camundongos ES. In vitro, a produção de IL-4 foi significativamente menor no sobrenadante de cultura de esplenócitos dos camundongos ES+Dexa em comparação ao grupo de camundongos ES (p=0,001). Diante do exposto, demonstra-se que a Dexa apresenta atividade imunomoduladora e antifibrótica frente a células de pacientes com ES e modelo experimental da doença.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60081
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Inovação Terapêutica

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