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Título: Avaliação da transmissão vertical em amostras de mosquitos alimentados artificialmente com os vírus Zika e Chikungunya
Autor(es): COUTO, Maria Júlia Brito
Palavras-chave: Aedes aegypti; Culex quinquefasciatus; Arbovírus; Transmissão transovariana
Data do documento: 7-Out-2024
Citação: COUTO, Maria Júlia Brito. Avaliação da transmissão vertical em amostras de mosquitos alimentados artificialmente com os vírus Zika e Chikungunya. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: Existem mais de 150 arbovírus das famílias Togaviridae, Flaviviridae, Bunyaviridae, Reoviridae e Orthomyxoviridae que provocam doenças em humanos. Dentre esses, três vírus são particularmente relevantes no Brasil: Chikungunya (CHIKV), da família Togaviridae, e os vírus Dengue (DENV) e Zika (ZIKV), que pertencem à família Flaviviridae. Esses arbovírus são geralmente transmitidos por mosquitos Aedes spp., embora Cx. quinquefasciatus também possa permitir a sua multiplicação com a possibilidade de participação na transmissão de ZIKV. Para compreender o papel de uma espécie de mosquito como vetor desses vírus, é crucial entender a biologia do mosquito e a dinâmica de transmissão na população vetora. As principais formas de transmissão estudada são a horizontal, em que insetos infectados transmitem o vírus para hospedeiros suscetíveis ao realizarem o repasto sanguíneo, e a transmissão transovariana (TT) ou vertical (TV). Nesse último caso, as fêmeas infectadas transmitem o vírus para sua prole. A hipótese é que a TV seja responsável por manter os arbovírus circulando na natureza, mesmo em períodos inter-epidêmicos. Apesar da TV ser identificada para DENV, CHIKV e ZIKV os resultados ainda são conflitantes. Assim, o objetivo do presente estudo é avaliar a transmissão vertical de CHIKV e ZIKV em populações de Aedes aegypti e Cx. quinquefasciatus sob condições controladas em laboratório. Diante disso, foram realizadas alimentações artificiais com ambos os vírus acima descritos, utilizando os mosquitos Ae. aegypti oriundos da linhagem estabelecida em laboratório (RecLab) e Cx. quinquefasciatus (CqSLab). Em média, foram utilizados 100 fêmeas e 50 machos para alimentação com o vírus. Para o grupo controle (alimentado sem vírus) foram separados 50 fêmeas e 15 machos. No 7° e 14° dia pós alimentação, foram coletados de 15 a 25 fêmeas do grupo teste para avaliação da taxa de infecção populacional. No experimento com ZIKV, as taxas de infecção no 7º e 14º dpi foram, respectivamente, de 62% e 60% para Ae. aegypti, e de 12% e 40% para Cx. quinquefasciatus. Já nos experimentos com CHIKV, a taxa de infecção em Ae. aegypti foi de 100% em ambos os dias, enquanto que em Cx. quinquefasciatus foi de 40% no 7° dpi e de 0% no 14° dpi. Em seguida, os adultos advindos da geração F1 foram avaliados para a presença do vírus por plaqueamento em células VERO e RT-qPCR a fim de determinar a taxa de transmissão vertical. Como resultado, considerando ZIKV em Ae. aegypti foram obtidos 25/58 pools positivos (MIR = 43,1‰) e para Cx. quinquefasciatus 24/53 pools positivos (MIR = 45,2‰). Já nos experimentos com CHIKV, 34/60 pools foram positivos em Ae. aegypti (MIR = 56,7‰) e em Cx. quinquefasciatus todos os pools foram negativos (total de 20 pools). Nossos resultados sugerem que a TV do ZIKV pode ser um fenômeno comum em ambas as espécies estudadas. Com relação a CHIKV, os resultados apresentados no presente trabalho demonstraram que a TV em Ae. aegypti pode ocorrer frequentemente. Em Cx. quinquefasciatus, não houve detecção viral na progênie F1, uma vez que esta espécie não é considerada vetor deste vírus. Portanto, esse tipo de transmissão pode ser um importante processo ecológico na manutenção de arboviroses na natureza, como demonstrado em condições controladas em laboratório.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/59192
Aparece nas coleções:(CB - BM) - TCC - Biomedicina

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