Espécies cactáceas da Caatinga com atividade inseticida sobre Aedes aegypiti

Abstract

A Caatinga, um bioma exclusivo do semiárido brasileiro, abriga uma diversidade de espécies vegetais adaptadas às condições climáticas extremas, entre as quais se destacam as cactáceas. Essas plantas, conhecidas por sua resistência e utilidade econômica e medicinal, têm despertado interesse científico devido ao seu potencial terapêutico provenientes de seus compostos bioativos. Este estudo investiga o potencial inseticida das espécies cactáceas da Caatinga sobre o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, Science Direct e Scopus, de estudos publicados nos últimos 10 anos, a fim de identificar espécies promissoras. Os resultados indicaram que algumas espécies cactáceas da Caatinga possuem compostos com significativa atividade inseticida, incluindo polifenóis, betalaínas, flavonoides, carotenoides, capazes de afetar negativamente o desenvolvimento e a sobrevivência do Aedes aegypti. A investigação revelou que Pereskia bleo, Opuntia fícus-indica, Cereus jamacaru e Pilosocereus gounellei identificadas como espécies de cactáceas, têm compostos bioativos como polifenóis e carotenoides e são classificadas como as espécies de cactáceas mais eficazes na eliminação de larvas do mosquito, oferecendo uma alternativa viável e sustentável aos inseticidas químicos convencionais. Os compostos bioativos extraídos dessas plantas mostraram-se eficazes na eliminação do inseto, contribuindo para a redução da incidência de doenças transmitidas pelo vetor de doenças, o Aedes aegypti.