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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58642
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Título: | Uso do espaço acústico por primatas Simpátricos (Callithrix jacchus, Sapajus flavius, Saimiri spp. e Alouatta belzebul) no nordeste brasileiro |
Autor(es): | LACERDA, Juliana Carneiro de |
Palavras-chave: | Atividade acústica; Monitoramento Passivo; Primatas Neotropicais; Phee Calls; Sazonalidade; Ruído Ambiente |
Data do documento: | 31-Jul-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | LACERDA, Juliana Carneiro de. Uso do espaço acústico por primatas Simpátricos (Callithrix jacchus, Sapajus flavius, Saimiri spp. e Alouatta belzebul) no nordeste brasileiro. 2024. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | Os primatas arborícolas possuem uma grande necessidade de comunicação acústica em ambientes florestais onde a comunicação visual é limitada pela vegetação. O espaço acústico é um recurso limitado, e assim como ocorre nas áreas de vida, seu uso pode sofrer influência de fatores diversos, bem como a velocidade do vento, temperatura, umidade e a hora do dia. Aqui, investigamos o uso do espaço acústico por quatro espécies de primatas simpátricos (Alouatta belzebul, Callithrix jacchus, Saimiri spp e Sapajus flavius), através do uso de gravadores passivos instalados em três fragmentos de Mata Atlântica localizados nos estados de Pernambuco e Paraíba e dois de Caatinga localizados no estado de Alagoas. Para obtenção da estrutura física das vocalizações, construímos espectrogramas através do software Kaleidoscope Pro 5.4.2. Para cada área de estudo, realizamos a caracterização in situ para estimar a densidade da vegetação e para avaliar a cobertura da qualidade do hábitat. Usamos testes qui-quadrado para avaliar a variação diurna e mensal da atividade acústica das espécies alvo. Realizamos correlações de Spearman para investigar se o registro de vocalizações dos primatas foi influenciado pelas características in situ da vegetação e também pela paisagem acústica das áreas. Além disso, também usamos Análise de Função Discriminante (AFD) seguida de uma PERMANOVA para investigar se as características acústicas dos Phee Calls emitidos pelo Callithrix jacchus, são distintos nas cinco áreas de estudo. Houve variação diurna e mensal na detecção acústica das espécies alvo, com Callithrix jacchus, Saimiri spp e Sapajus flavius sendo mais ativos durante o dia do que Alouatta belzebul. Nas áreas de Caatinga, não detectamos Sapajus flavius, mas a espécie Callithrix jacchus foi detectada durante a estação seca. Nas áreas de Mata Atlântica, detectamos Alouatta belzebul nos meses secos, já Saimiri spp, Callithrix jacchus e Sapajus flavius, foram registrados durante meses secos e chuvosos. Não encontramos correlação entre as características in situ das áreas e a detecção de vocalizações dos primatas. Mas vimos que o ruído da geofonia interferiu no registro de vocalizações de Saimiri spp em uma área de Mata Atlântica. A AFD e a PERMANOVA mostraram que houve diferenças acústicas na frequência e amplitude dos Phee Calls emitidos nas áreas de estudo. A frequência mínima dos Phee Calls emitidos na Mata Atlântica foram comparativamente mais baixos que os da Caatinga. Enquanto a amplitude foi mais alta em duas áreas, uma de Mata Atlântica e outra de Caatinga. É possível que o nível de ruído ambiente tenha influenciado mais na propagação das vocalizações do que a densidade da vegetação das nossas áreas de estudo. Dessa forma, a eficiência da propagação de vocalizações de Callithrix jacchus pode estar associada com a habilidade da espécie de ajustar suas vocalizações de acordo com a intensidade do ruído ambiente. Assim, essa espécie pode servir como um bom modelo para explicar o comportamento de alguns animais e ambientes diferentes por causa da sua plasticidade comportamental. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58642 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Biologia Animal |
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