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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58190

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Título: Biodeterioração microbiana de painéis de azulejos dos séculos XVI e XIX nas cidades de Recife e Olinda (Pernambuco, Brasil)
Autor(es): CONCEIÇÃO, Emanuella Maria da
Palavras-chave: Microbiologia; Biotederioração microbiana; Monumentos Históricos; Painéis de Azulejos
Data do documento: 30-Ago-2019
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: CONCEIÇÃO, Gabriel Navarro de. Biodeterioração microbiana de painéis de azulejos dos séculos XVI e XIX nas cidades de Recife e Olinda (Pernambuco, Brasil). 2019. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
Abstract: Segundo Simões o Brasil, é considerado uma das regiões mais representantes de edificações com fachadas internas e externas de painéis de azulejos no mundo. Constituem um patrimônio cultural valioso para a população, mas são obras de arte que estão em constante exposição aos fatores ambientais principalmente os de origem biológica que podem levar a biodeterioração. Os micro-organismos são um dos principais agentes envolvidos no processo de biodeterioração do patrimônio cultural. Nesse sentido objetivo dessa pesquisa foi investigar a presença de comunidades microbianas nas superfícies de painéis de azulejos do século XVI e XIX integrados a monumentos históricos nas cidades Recife e Olinda, até o momento este é o primeiro trabalho científico no país que explorou a diversidade microbiana (fungos, bactérias, cianobactérias e microalgas) em peças de azulejos portugueses no Brasil. Foram realizadas duas coletas em períodos distintos, a primeira foi na fachada externa de azulejos do século XIX da Academia Pernambucana de Letras (APL) em dezembro de 2015. A segunda procedeu na fachada interna de azulejos do século XVI do Convento de São Francisco em Janeiro de 2019. Para obtenção das amostras foram feitas raspagens superficiais nos painéis. Em seguida foram feitas suspensões dos materiais coletados (0,1g em 5mL de água destilada). Para o isolamento microbiano foi adotado a técnica de Spread Plate, utilizando os seguinte meios de cultura; BDA, MEA, PGRBA, MH, R2 e TSA, e não foi visto na literatura outro trabalho de biodeterioração microbiana que tenha recorrido a uma variedade de meios de cultura como este apresentado. A identificação da população microbiana foi por taxonômica clássica, extração de DNA e análise proteômica. Fragmentos dos dois painéis de azulejos (século XVII e XIX) foram analisados, por Fluorescência de raios X, para conhecer a composição mineralógica das amostras e por em microscópio eletrônico de varredura (MEV) e corados com calcoflur. Não houve diferença significante entre os meios de cultura utilizados, mas sugerimos a utilização de meios de cultura específicos, dois para fungos (MEA e PGRBA) e dois para bactérias (TSA e R2), sendo um rico e o outro pobre em nutrientes. A diversidade microbiana isolada na APL foi 175 cepas bacterianas e 188 de fungos. Enquanto o número de isolados do Convento de São Francisco o foi de, 49 fungicos, 51 bactérias, 5 táxons (gênero e espécie) de cianobactéria e 4 táxons (gênero e espécie) de microalgas. O gênero Aspergillus foi que apresentou maior diversidade nos dois monumentos. Dos fungos isolados as espécies Syncephalastrum racemosu, Lichtheimia hyalospora, Phenerochaete chrysosporiu e Aspergillus allahabadii até o momento são os primeiros relatos dessas cepas em azulejos vitrificados portugueses. A partir da composição mineralógica dos azulejos foi possível confirmar diferenças cronológicas, confirmando que os azulejos do Convento de S. Francisco são os mais antigos. Os pontos dos painéis externos ou internos mais deteriorados foram os que maior apresentaram unidades formadores de colônia e no de isolados, o que pode ser verificado através das imagens do MEV e da coloração com calcofluor a presença de estruturas microbianas entre o vitrificado e o corpo cerâmico. Diante do exposto foi possível verificar que os painéis estudados requerem medidas de conservação para conter possíveis dados causados pela biodeterioração microbiana.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58190
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Ciências Biológicas

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