Avaliação in vitro da rugosidade superficial e manchamento de resina composta após utilização de escova elétrica

Abstract

Objetivo: avaliar, in vitro, o efeito da escovação com escova elétrica sobre a rugosidade superficial e o manchamento de resina composta. Material e métodos: duas marcas comerciais de resina composta foram testadas nesse estudo e 10 corpos de prova foram produzidos para cada marca (Vittra/FGM e Epic/Biodinâmica). Os corpos de prova foram submetidos ao manchamento com vinho tinto por 15 dias seguido de 6000 ciclos de escovação simulada com escova manual ou elétrica. A cor foi aferida com o espectrofotômetro EasyShade no sistema CIEL*a*b* e a rugosidade superficial com o rugosímetro Mitutoyo. As mensurações foram realizadas em 3 tempos: inicial (T0), após manchamento (T1) e após escovação simulada (T2). Resultados: a variação de cor (ΔE) foi mais acentuada para o grupo Vittra, que apresentou os valores de 10,20 (T0), 7,18 (T1) e 19,83 (T2), enquanto para o grupo Epic foi de 7,10 (T0), 19,71 (T1) e 9,72 (T2). Quanto à rugosidade superficial, a resina Vittra teve valores superiores (T0: 0,17; T1: 0,18; T2: 0,24), embora sem diferença significativa (p > 0,05). Em ambos os grupos, a escovação elétrica resultou em médias de rugosidade superficial inferiores às da escovação manual, mas sem diferença significativa. Conclusão: ambas as resinas testadas apresentaram alteração de cor após a exposição ao vinho e à escovação simulada, sem retorno aos valores iniciais. No que se refere à variação na rugosidade superficial, embora tenha ocorrido, a diferença não foi estatisticamente significativa.