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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57770
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Título: | Galectina-9 como biomarcador de severidade em pacientes com COVID-19 leve e grave : implicações imunológicas e clínicas |
Autor(es): | SILVA, Eduardo Davi Lima da |
Palavras-chave: | Imunofenotipagem; SARS-CoV-2; ELISA; Galectina-9; Acurácia |
Data do documento: | 31-Mai-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | SILVA, Eduardo Davi Lima da. Galectina-9 como biomarcador de severidade em pacientes com COVID-19 leve e grave: implicações imunológicas e clínicas. 2024. Tese (Doutorado em Inovação Terapêutica) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A Organização Mundial de Saúde definiu a COVID-19 como uma pandemia, chegando ao segundo trimestre de 2024, com mais de 775.364.261 de casos confirmados e cerca de 7.046.320 óbitos em todo o mundo. Esse cenário tem representado um desafio global para a saúde, exigindo esforços contínuos para compreender e gerenciar a gravidade da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar a Galectina-9 (Gal-9) como potencial biomarcador imunológico de prognóstico e manejo de pacientes infectados pelo SARS- CoV-2. Foram incluídos 112 pacientes com doença leve, 57 pacientes com doença grave, 93 pacientes sintomáticos negativos e 70 indivíduos controle. Os níveis de Gal-9 no sangue e na saliva foram quantificados utilizando a técnica ELISA e os níveis da expressão gênica da Gal-9 foi avaliada através da RT-qPCR. Os níveis proteicos de Gal- 9 foram acompanhados durante 28 dias após o início dos sintomas e análises de acurácia e associações com as principais comorbidades e sintomas da COVID-19 foram destacadas. Ademais, a imunofenotipagem das células T, B e NK foi realizada para acompanhar a flutuação das populações de células de defesa durante a fase aguda e subaguda da doença. Em relação ao grupo com doença leve, observamos uma maior incidência entre mulheres, sendo hipertensão e asma as comorbidades mais comuns. Os sintomas mais frequentemente relatados pelos pacientes foram dor de cabeça, tosse seca e febre. No grupo grave, os pacientes tiveram uma idade média (51,85) mais alta em comparação com outros grupos. A doença teve uma maior incidência entre homens, e as comorbidades mais comuns foram diabetes, hipertensão e obesidade. Os sintomas mais frequentemente relatados foram dispneia, tosse seca e febre. A caracterização das diferentes mutações revelou que as variantes P.2 e P.1 foram as mais identificadas nos grupos leve e grave. Evidenciamos a expressão proteica elevada significativa da Gal-9 em pacientes leves [4.604 (3.771 – 5.623); p < 0,0001] e pacientes graves; [17.396 (7.079 – 22.143); p < 0,0001] quando comparados a pacientes saudáveis [3.113 (46.88 – 3.936)]. Os níveis de mRNA de LGAS9 também foram mais expressos em pacientes graves [0,06300 (-0,1925– 0,3543)] quando comparados aos sintomáticos negativos [- 0,03800 (-0,2508– 0,1868) p= 0,0192]. Também identificou-se associações significativas dos níveis séricos de Gal-9 com as principais comorbidades e sintomas – Hipertensão (p=0,0340), anosmia (p=0,0127), tosse (p=0,0048) e febre (p=0,0004). Os níveis séricos de Gal-9 foram acompanhados durante quatro coletas sucessivas após a admissão da doença (D0, D14, D21 e D28) e identificou-se uma diminuição significativa desses níveis nos segmentos D14 (p=0,0404), D21 (p=0,0001) e D28 (p= 0,0001) quando comparados com o D0. Na saliva, encontramos um aumento significativo da expressão de Gal-9 nos pacientes do grupo leve [15.213 (6.055 – 32.763) p < 0,0001] quando comparado ao grupo saudável [4.226 (2.126 – 8.246)] e quando comparamos o grupo leve ao grupo dos sintomáticos negativos [2.587 (1.100 – 4.355)] p < 0.0001). Por meio da imunofenotipagem, identificou-se alterações no percentual de células T CD8+ quando comparamos o segmento D56 com os demais – D0 (p=0,0001), D14 (p=0,0017), D21 (p=0,0063) e D28 (p=0,0012). A subpopulação de células NK CD16+/CD56+ também exibiu alterações quando comparadas entre si. D0 quando comparado a D14 (p=0,0143) e D21 (p=0,0355), além de D14 comparado com D28 (p=0,0219) e D56 (p=0,0070). Este estudo identifica a Gal-9 como um biomarcador promissor para a gravidade da COVID-19. Níveis elevados de Gal-9 têm potencial para melhorar a estratificação de pacientes e o manejo clínico, destacando a importância da pesquisa de biomarcadores para entender a fisiopatologia da COVID-19. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57770 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Inovação Terapêutica |
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