Consumo de ultraprocessados e o perfil antropométrico de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista: Um compilado da literatura científica

Abstract

O Ministério da Saúde do Brasil, define o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, e um repertório restrito de interesses e atividades. O presente estudo teve por objetivo investigar o consumo de ultraprocessados e o perfil antropométrico de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. A revisão ocorreu através de pesquisas nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Pubmed, os artigos foram selecionados cuidadosamente após a leitura do texto na íntegra, dentro da faixa etária de 2 a 18 anos, sendo artigos originais, dissertações e teses. Inicialmente a busca resultou em 70.149 artigos, dentre os quais, 5.133 artigos foram selecionados após a leitura do título, 147 foram escolhidos por serem originais, dissertações ou teses, por fim, a busca resultou em 10 artigos após a leitura do resumo e texto na íntegra, conforme critérios de exclusão. Entre as limitações, foi comum a todos os artigos o quantitativo amostral reduzido. Os descritores usados foram: autistic spectrum disorder and nutritional status, autistic spectrum disorder and nutritional surveys, autistic spectrum disorder and food intake, autistic spectrum disorder and food consumption, autistic spectrum disorder and ultra-processed foods. A literatura científica apresenta que o perfil alimentar de crianças e adolescentes mostrou um maior consumo de ultraprocessados e uma menor ingestão de alimentos in natura, associado a seletividade alimentar e alterações sensoriais. Diante do exposto, se faz necessário a realização de mais estudos para investigação de métodos de intervenção, controle da ingestão de ultraprocessados e investimentos na área de consumo alimentar em indivíduos com TEA, visando nortear a prática clínica para a promoção de alimentação saudável na infância e adolescência e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em indivíduos com TEA.