Fraqueza Muscular Respiratória na Covid Longa : estudo transversal

Abstract

Introdução: Os pacientes que tiveram a forma moderada e grave do COVID-19 relatam a persistência de sintomas físicos como dispneia, fadiga, fraqueza muscular periférica e respiratória em decorrência do aumento do trabalho respiratório, queda da saturação parcial de oxigênio e diminuição da tolerância ao exercício. Dessa forma, o presente estudo se preocupou em verificar a prevalência dessa ocorrência nesses pacientes. Objetivo: Avaliar a prevalência de fraqueza muscular respiratória em mulheres e homens que se recuperaram da COVID-19 após internamento em enfermaria hospitalar e/ou UTI e que apresentam a Covid Longa. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, de caráter transversal, desenvolvido com indivíduos com Covid Longa no período de Agosto de 2023 a Junho de 2024, e que tiveram o diagnostico de Covid-19 confirmado previamente. Foram coletados dados referentes ao tempo de internamento em UTI/enfermaria e sintomas, e aferidos a força muscular inspiratória (Pimáx) e expiratória (Pemáx). Resultados: Participaram do estudo 56 indivíduos, sendo 35 mulheres e 21 homens. A frequência de fraqueza muscular inspiratória em mulheres e em homens foi de 42,85% (n=15) e 47,61% (n=10) (p=0,73), respectivamente. Para a fraqueza muscular expiratória, esses valores corresponderam a 94,28% (n=33) e 90,47% (n=19), respectivamente (p=0,62). Conclusão: Os indivíduos acometidos com a Covid Longa apresentaram fraqueza muscular respiratória bem como apresentou persistência de sintomas como dispneia e fadiga.