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Título : Tecnologias para adiar o fim : tempo, poder e subjetividade no regime de visibilidade contemporâneo
Autor : PESSOA, Mirella Ramos Costa
Palabras clave : Finitude; Tecnologia; Governamentalidade; Visibilidade; Futuro
Fecha de publicación : 13-may-2024
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
Citación : PESSOA, Mirella Ramos Costa. Tecnologias para adiar o fim: tempo, poder e subjetividade no regime de visibilidade contemporâneo. 2024. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Resumen : Esta tese se dedica a pensar sobre as tecnologias contemporâneas para adiar o fim e o modo como encontram-se entrelaçadas às tecnologias de imagem, informação e comunicação. Partindo do pressuposto de que um regime de verdade e visibilidade possibilita a conformação de modos de encarar a finitude e de articular formas para sua superação, o trabalho analisa também o modo como tais tecnologias estão atravessadas por uma temporalidade própria do regime de que fazem parte. A partir da perspectiva genealógica procuramos identificar rupturas e continuidades no modelo ocidental-cristão- capitalista de pensar sobre as formas de superação da finitude, suspendendo sentidos e valores cristalizados em meio à operação das práticas e aos governos de condutas de cada regime. Para tanto, por meio da arqueologia e da montagem desenharam-se mosaicos para se pensar com as imagens dessas tecnologias, investigando possíveis deslocamentos nas acepções de morte, transcendência e permanência. Entremeadas pela racionalidade neoliberal e por um senso de futuridade próprio, as tentativas de adiar o fim não são mais as mesmas, embora carreguem continuidades aparentes – que orientaram a estruturação dos três capítulos que sustentam esta tese. (1) Se o fim da carne se concentra na ideia do corpo debilitado e dependente que não pode mais consumir ou ser consumido de maneira autônoma, as tecnologias que se valem das lógicas da antecipação e das novas formas de fazer ver o tempo passar nos corpos passam a determinar quando e quais vidas podem ser encerradas. Afastando-se das tentativas de aperfeiçoamento da vida que produzem e fortalecem a nação, o contemporâneo procura prolongar a duração da carne até o limite que se encerra no corpo dependente ou nas falhas cognitivas. Ainda assim, a carne insiste em morrer. (2) Diante da certeza de seu fim, as possibilidades de transcendências do contemporâneo desenham tecnologias permeadas pelas imagens generativas e emulações produzidas pela inteligência artificial, instalando novos modos de pensar sobre a permanência das existências, agora a partir da sua total conversão em dados. Formas de continuidade que diferem daquelas modernas ancoradas na história das nações, na presença da fotografia analógica nas imagens, e na articulação simbólica que promovem entre visível e invisível. A partir de nossa própria projeção na tela e nas imagens generativas da atualidade, vemos ser costurada uma imortalidade centrada nas tecnologias de informação do presente, que preconizam valores de hipervisibilidade, nitidez e controle total. (3) Já nas tentativas de adiar o fim do mundo em que habitamos, a recorrência do imaginário apocalíptico e distópico alertam para o iminente colapso global. Embora se assemelhem às expectativas do tempo escatológico, a marcação dos relógios que preveem o fim do planeta é determinada por novas forças que não mais dependem das instâncias divinas. Por outro lado, as soluções propostas para adiar o fim do planeta, centradas na conexão, monitoramento, captura de dados e uso inteligente dos recursos naturais, enquanto se apresentam como completamente novas e revolucionárias, não parecem romper com a lógica de exploração, consumo e deterioração do planeta que nos trouxe até o presente.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57217
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - Comunicação

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