Racismo no acesso à saúde de mulheres negras

Abstract

Este trabalho tem como tema central o racismo no acesso à saúde de mulheres negras. Reflexão que foi desenvolvida a partir do Estágio Curricular Obrigatório, desenvolvido no setor ambulatorial de oncologia em um Hospital-Escola de alta complexidade de Recife. Possui como objetivo geral refletir sobre dificuldades enfrentadas por mulheres negras diagnosticadas com câncer para acesso à assistência em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto aos objetivos específicos, foi proposto discutir sobre a formação socio-histórica e a questão racial como determinação dos processos saúde-doença; abordar o direito à saúde e os determinantes sociais e identificar as políticas públicas voltadas para a pessoa com câncer e a população negra. A pesquisa assume uma perspectiva crítica, problematizando classe, raça e sexo-gênero como estruturas interseccionadas. Os procedimentos metodológicos adotados foram o levantamento bibliográfico, com pesquisa em produções acadêmicas, artigos e livros. A pesquisa documental foi feita em documentos públicos, acessando políticas e leis referentes ao objeto de estudo. Observou-se que apesar dos avanços significativos alcançados pelos movimentos sociais na criação de políticas públicas, ainda há desafios persistentes que permeiam o sistema de saúde brasileiro. Sobretudo, evidencia-se que o racismo estrutural e institucional se intersecciona com as questões de gênero e classe e impactam na sociedade brasileira, afetando o direito à saúde da população negra.