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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56786
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Título: | Composição química do óleo essencial de Myrcia loranthifolia DC. (MYRTACEAE) e seu potencial bioativo |
Autor(es): | SANTOS, Rayza Helen Graciano dos |
Palavras-chave: | Analgésico; Antipirético; Caatinga; Floresta Atlântica; Gastroproteção; Sesquiterpenos |
Data do documento: | 19-Fev-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | SANTOS, Rayza Helen Graciano. Composição química do óleo essencial de Myrcia loranthifolia DC. (MYRTACEAE) e seu potencial bioativo. 2024. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A família Myrtaceae no Brasil abriga diversas espécies produtoras de óleos essenciais, notáveis por suas propriedades farmacológicas distintivas. Entre essas espécies, destaca-se o gênero Myrcia, que engloba aproximadamente 400 espécies e se destaca devido ao seu potencial terapêutico no tratamento de doenças. Os óleos essenciais extraídos dessas plantas são notavelmente ricos em sesquiterpenos e monoterpenos, desempenhando um papel fundamental em suas propriedades biológicas. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo: 1) Obtenção e caracterização química do óleo essencial foliar de M. loranthifolia nos domínios fitogeográficos da Floresta Atlântica e Floresta Sazonalmente Seca (=Caatinga); 2) Avaliar o potencial gastroprotetor utilizando o modelo de lesão gástrica induzida por etanol absoluto, e seus possíveis mecanismos de ação; 3) Avaliar o potencial antinociceptivo dos óleos essenciais por meio dos testes de dor abdominal induzida por ácido acético, teste da formalina e teste de placa quente; 4) Analisar o potencial antipirético dos óleos essenciais utilizando o método de febre induzida por fungos e 5) Comparar os óleos essenciais de M. loranthifolia de diferentes regiões na caracterização química e nas atividades propostas. Para a extração, o óleo essencial foi obtido por hidrodestilação e sua composição foi determinada utilizando cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS). A avaliação da gastroproteção foi realizada em um modelo de úlcera gástrica induzida por etanol em camundongos, com investigação dos papéis das prostaglandinas, canais KATP e canais de cálcio nos mecanismos subjacentes. A atividade antinociceptiva foi avaliada por meio de testes de contorções, teste da placa quente e teste da formalina, com o uso de naloxona, atropina e glibenclamida para identificar os mecanismos de ação. A atividade antipirética foi avaliada por um modelo de febre induzida por Saccharomyces cerevisiae. Os resultados indicam que o óleo essencial das folhas de M. loranthifolia coletadas na Floresta Atlântica tem como principais componentes (E)- cariofileno (47,54%), α-humuleno (9,22%) e germacreno D (8,94%). Por outro lado, o óleo obtido nas amostras da Caatinga apresentou (E)-cariofileno (17,68%), trans-calameneno (12,44%), germacreno D (10,38%), α-humuleno (10,19%) e biciclogermacreno (9,11%) como componentes predominantes. O estudo demonstrou que o óleo essencial de M. loranthifolia, nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, reduziu significativamente a gravidade das lesões gástricas. No entanto, observaram-se diferenças no potencial gastroprotetor de acordo com a origem geográfica do óleo, sugerindo a influência do ambiente na composição e eficácia do óleo essencial. Os achados indicam que o óleo extraído das folhas de M. loranthifolia pode oferecer proteção parcial à mucosa gástrica, possivelmente por meio da ativação de prostaglandinas. Quanto à atividade antinociceptiva, os resultados mostraram que o óleo essencial reduziu significativamente a dor em diversos testes de dor, alcançando reduções de até 97,14% na dor inflamatória. Além disso, o óleo demonstrou propriedades antipiréticas, reduzindo a febre em níveis comparáveis à dipirona. Os achados sugerem que o efeito antinociceptivo do óleo essencial de Myrcia loranthifolia ocorre por meio da ativação central ou vias anti-inflamatórias, com efeitos semelhantes ou superiores aos de substâncias como indometacina, morfina e dipirona. Apesar de seu amplo espectro de uso e potencial farmacológico evidenciado, a maioria das espécies de Myrcia ainda carece de estudos químicos e farmacológicos. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56786 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Biologia Vegetal |
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