Desempenho e Papel Ocupacional de mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista

Abstract

Introdução: As demandas clínicas e de cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista podem modificar a rotina familiar. Comumente a rotina das mães são mais afetadas, por motivos históricos e culturais, acabam comprometendo seu desempenho ocupacional e havendo sobrecarga de papéis ocupacionais. Objetivo: Avaliar os papéis ocupacionais e verificar a autopercepção sobre o desempenho ocupacional de mães de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista. Procedimentos metodológicos: Foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva, tipo transversal. Participaram do estudo 14 mães de crianças com autismo, que responderam um questionário sobre dados pessoais e socioeconômicos; a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) e a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais. Resultados: A maioria das mães se considerava cuidadora principal do seu filho (a), 50% delas deixou de trabalhar em emprego fixo devido aos cuidados com a criança. Perceberam-se dificuldades no desempenho ocupacional na área do autocuidado, 50% das mães não desempenhavam o papel de passatempo/amador no presente, sendo que 42,8% destas o realizaram no passado. Conclusão: As mães de crianças que participaram do estudo apresentaram mudanças nos papéis ocupacionais e no desempenho ocupacional das atividades após o nascimento do filho (a) com TEA, sobretudo, relacionados a produtividade, autocuidado e lazer.