Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56488
Comparte esta pagina
Registro completo de metadatos
Campo DC | Valor | Lengua/Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | OLIVEIRA, Gustavo Gilson Sousa de | - |
dc.contributor.author | SILVA, Jefferson Evânio da | - |
dc.date.accessioned | 2024-06-15T14:02:57Z | - |
dc.date.available | 2024-06-15T14:02:57Z | - |
dc.date.issued | 2024-04-25 | - |
dc.identifier.citation | SILVA, Jefferson Evânio da. (Des/re)invenção do povo na educação brasileira: entre o poder pastoral e as fantasias republicanas. 2024. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56488 | - |
dc.description.abstract | Esta tese pretende ser uma contribuição à história/genealogia do significante “povo brasileiro” a partir do campo discursivo da educação. Objetiva, analisar lógicas, processos e discursos no interior dos quais foram engendradas e disputadas concepções de povo entre o chamado Segundo Reinado e a Primeira República. Do ponto de vista teórico, as múltiplas camadas de sentido assumidas pelo significante povo emergem da própria disputa política, não existindo, portanto, um sujeito extralinguístico ou pré-discursivo que antecede as lutas pela significação da realidade. No campo da educação, o artefato imaginado como base de inscrição dessa textualidade é a literatura didática e aqueles textos em que ela se apoia, nega e/ou tensiona entre o final do século XIX e início do século XX. Fundada na interdiscursividade, a textualidade que se desenrola nas páginas destes compêndios fez-se acompanhar pela relação entre diversos gêneros discursivos (religioso, científico, político, histórico-sociológico, jornalístico, literário, dentre outros), articulando, em alguns casos, os elementos que passarão a compor certos discursos dominantes acerca do povo no Brasil. Tal discurso será marcado pela fantasia de um “povo ideal” – imaginado sob o prisma da moral, dos costumes e de sua condição étnico-racial, de classe e gênero – e aquelas tentativas que buscam negar, ao mesmo tempo, a possibilidade histórica de emergência do povo como acontecimento da heterogeneidade social. O “povo de Deus” e/ou o povo enquanto uma comunidade não-política é uma formulação discursiva dos Oitocentos – fantasia marcada pela ideia de um povo ordeiro, pacífico, obediente, trabalhador, resignado com seu próprio destino, identificado e assujeitado aos cuidados de um pastor. E o “povo/nação”, invenção tipicamente “moderna”, uma construção que será caracterizada, no contexto republicano, pela ação das lógicas da militarização, estetização e naturalização do significante povo. Ou seja, pela tentativa em se associar o chamado “povo brasileiro” a certa capacidade de ação e intervenção no mundo; pela subsunção deste mesmo povo aos limites traçados pela lei e pela ordem inaugurados com a República, mediante a construção imagética de uma pactuação orgânica entre o povo e a tropa; e, finalmente, por um deslocamento linguístico/político da capacidade de criação do povo para as esferas da cultura e da produção. Em ambos os casos, o estudo identifica que o processo de (des)re/invenção de um “povo” fez-se acompanhar não somente pela ênfase num certo essencialismo que marca as teses relativas às identidades religiosa e nacional, mas, pela construção da figura do seu avesso: o não-povo, a “espuma” social, aquela parte que não cabe no exercício fantasmático de integração simbólica acionado pelas formações discursivas do pastorado cristão e do nacionalismo brasileiro. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | CAPES | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | História | pt_BR |
dc.subject | Educação | pt_BR |
dc.subject | Literatura didática | pt_BR |
dc.subject | Subjetividade política | pt_BR |
dc.subject | Povo | pt_BR |
dc.subject | Teoria do discurso | pt_BR |
dc.title | (Des/re)invenção do povo na educação brasileira : entre o poder pastoral e as fantasias republicanas | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/3258638251353642 | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/5336313595044838 | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduacao em Educacao | pt_BR |
dc.description.abstractx | This thesis aims to contribute to the history/genealogy of the signifier "Brazilian people" from the discursive field of education. Its objective is to analyze the logics, processes, and discourses within which the conceptions of "people" were engendered and disputed between the periods called the Second Reign (1840-1889) and the First Republic (1889-1930) in Brazilian history. In a theoretical perspective, the multiple layers of meaning assumed by the signifier "people" emerge from the political struggle itself, and therefore, there is no extralinguistic or pre-discursive subject that precedes the struggles for the signification of reality. In the field of education, the imagined artifact as the basis of this textual inscription is didactic literature, and those texts it supports, denies, and/or tensions between the late 19th and early 20th centuries. Based on interdiscursivity, the textuality that unfolds in the pages of these compendia is accompanied by the relationship between different discursive genres (religious, scientific, political, historical-sociological, journalistic, literary, among others), articulating, in some cases, the elements that would compose certain dominant discourses about the Brazilian people. Such discourse is marked by the fantasy of an "ideal people" – imagined through the prism of morals, customs, and their ethnic-racial, class, and gender conditions – and those attempts that seek to simultaneously deny the historical possibility of the emergence of the people as an event of social heterogeneity. The "people of God" and/or the people as a non-political community is a discursive formulation of the nineteenth century – a fantasy marked by the idea of an orderly, peaceful, obedient, and hardworking people, resigned to their destiny, identified and subjected to the care of a pastor. And the "people/nation," a typically "modern" invention, is a construction that will be characterized, in the republican context, by the actions of the logics of militarization, aestheticization, and naturalization of the signifier people. That is, by the attempt to associate the so-called "Brazilian people" with a certain capacity for action and intervention in the world; by the subsumption of this same people to the limits set by the law and order inaugurated with the Republic, through an imaginary construction of an organic pact between the people and the troops; and finally, by a linguistic/political displacement of the people's capacity for creation to the spheres of culture and production. In both cases, the study identifies that the process of (de)re/invention of a "people" was accompanied not only by the emphasis on a certain essentialism that marks the theses related to religious and national identities but also by the construction of the figure of its opposite: the non- people, the social "foam," that part which does not fit into the phantasmatic exercise of symbolic integration triggered by the discursive formations of Christian pastorship and Brazilian nationalism. | pt_BR |
dc.description.abstractx | Esta tesis pretende contribuir a la historia/genealogía del significante “pueblo brasileño” desde el campo discursivo de la educación. Su objetivo es analizar las lógicas, los procesos y los discursos dentro de los cuales se generaron y disputaron las concepciones de “pueblo” entre los períodos llamados Segundo Reinado (1840- 1889) y la Primera República (1889-1930). Desde un punto de vista teórico, las múltiples dimensiones asumidas por lo significante “pueblo” emergen de la propia disputa política, y, por lo tanto, no hay ningún sujeto extralingüístico o prediscursivo que preceda a las luchas por la significación de la realidad. En el campo de la educación, el artefacto imaginado como base para inscribir esta textualidad es la literatura didáctica y aquellos textos en los que ella se apoya, niega y/o tensiona, entre finales del siglo XIX y principios del XX. Fundada en la interdiscursividad, la textualidad que se despliega en las páginas de estos compendios acompañan la relación entre distintos géneros discursivos (religiosos, científicos, políticos, histórico-sociológicos, periodísticos, literarios, entre otros), articulando, en algunos casos, los elementos que formarán ciertos discursos dominantes sobre lo significante “pueblo” en Brasil. Dicho discurso fue marcado por la fantasía de un “pueblo ideal” – imaginado desde el prisma de la moral, las costumbres y su condición étnico-racial, de clase y de género – y aquellos intentos que buscan negar, al mismo tiempo, la posibilidad histórica del surgimiento del pueblo como acontecimiento de heterogeneidad social. El “pueblo de Dios” y/o el pueblo como comunidad apolítica es una formulación discursiva de los Ochocientos, una fantasía marcada por la idea de un pueblo ordenado, pacífico, obediente, trabajador, resignado a sus obligaciones y propio destino, identificado y sometido al cuidado de un pastor. Y el “pueblo/nación”, invención típicamente “moderna”, una construcción que se caracterizará, en el contexto republicano, por la acción de las lógicas de militarización, estetización y naturalización del significante “pueblo”. Es decir, mediante el intento de asociar al llamado “pueblo brasileño” una cierta capacidad de acción e intervención en el mundo; por la subsunción de este mismo pueblo a los límites trazados por la ley y el orden inaugurados con la República, mediante la construcción imagética de un acuerdo orgánico entre el pueblo y las tropas; y finalmente, por un desplazamiento lingüístico/político de la capacidad creativa del pueblo para los ámbitos de la cultura y la producción. En ambos casos, el estudio identifica que el proceso de (des)re/invención de un “pueblo” estuvo acompañado no solo por el énfasis en un cierto esencialismo que marca las tesis relativas a las identidades religiosas y nacionales, sino por la construcción de figuras de su revés: el no pueblo, la “espuma” social, esa parte que no encaja en el ejercicio fantasmático de integración simbólica desencadenado por las formaciones discursivas del pastorado cristiano y el nacionalismo brasileño. | pt_BR |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Educação |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Jefferson Evânio da Silva.pdf | 5,41 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este ítem está protegido por copyright original |
Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons