Associação entre o nível de atividade física, depressão e a qualidade de sono em estudantes adolescentes da cidade do Recife

Abstract

Introdução: Estudos indicam associação positiva entre adolescentes que incorporam a prática regular de atividades físicas tanto na qualidade do sono como saúde mental, de modo que esses indivíduos possuem menos probabilidade de desenvolver depressão, distúrbios do sono, entre outras problemas em comparação com aqueles que são sedentários ou têm baixo nível de atividade física. Contudo, permanece uma divergência na literatura científica quanto à existência de uma relação direta entre essas variáveis. Objetivo: Investigar se os diferentes níveis de atividade física podem influenciar na qualidade do sono e depressão de jovens adolescentes da cidade do Recife. Metodologia: Foi realizada a estatística descritiva para a caracterização da amostra. O teste de Shapiro Wilk para verificar normalidade, a tabela de contingência e o teste de Qui-quadrado (x²) foram utilizados para verificar a associação e possíveis diferenças entre as variáveis, por sexo. A análise dos dados foi realizada pelo software Statistical Package for the Social Science – SPSS versão 20.0 (IBM, EUA). O nível de significância estabelecido será de p<0,05 para todas as análises. Após exclusões, totalizando 282 alunos, média de idade de 17 ± 0,2 anos, em uma escola de referência no município de Recife/PE. Instrumentos utilizados, Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), para avaliar o NAF e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) para análise de depressão e para Qualidade de sono foi utilizado questionário do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh junto a Epworth Sleepiness Scale. Resultados: Referente ao nível de atividade física, foi visualizado que 42,9% foram classificados como insuficiente ativo, 30,01% dos participantes em ativo, enquanto 27% em muito ativos. Quanto as associações, não foi identificada diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre o NAF e a Qualidade do sono (p = 0,43; x2 = 3.812), mas ocorreu diferença significativa entre o NAF e a depressão (p = 0,03; x2 = 16.772). Conclusão: Os resultados apresentaram uma associação inversa entre o nível de atividade física e depressão indicando menores níveis de depressão para indivíduos mais ativos e sem associação com sono.