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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55903
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Title: | Integração de um modelo de alocação baseado em redes com um modelo de equilíbrio geral computável : um estudo de caso em bacias interligadas no Agreste de Pernambuco |
Authors: | GUEDES, Bruno Nunes |
Keywords: | Modelagem integrada; Alocação negociada; Eficiência econômica |
Issue Date: | 28-Jul-2023 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citation: | GUEDES, Bruno Nunes. Integração de um modelo de alocação baseado em redes com um modelo de equilíbrio geral computável: um estudo de caso em bacias interligadas no Agreste de Pernambuco. 2023. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
Abstract: | Esta tese integra o projeto CAPES/ANA – Pró-Recursos Hídricos no16/2017 que tem como área de estudo as bacias dos rios Capibaribe, Ipojuca, Una e Sirinhaém em Pernambuco e se propôs a avaliar, através de modelagem econômico-integrada, a ação de instrumentos de gestão regulatórios e econômicos em um período de escassez na região e ao Projeto de Apoio à Formação de Doutores em Áreas Estratégicas, chamada pública no 01/2019, financiado pelo CNPq. A modelagem aqui proposta, que representa uma primeira integração de um modelo baseado em redes com um Modelo de Equilíbrio Geral Computável (MEGC) desenvolvido nesta tese, representa avanços importantes em relação a outras integrações obtidas nesse mesmo projeto: i) a inclusão da água bruta como um fator de produção no MEGC, através do modelo baseado em redes e da MIP; ii) a consideração de quatro regiões distintas no MEGC: Resto do Brasil, Resto de Pernambuco e área de estudo, sendo esta última dividida a área de estudo em Região Seca e Região Úmida; iii) setores econômicos modelados de forma distinta (árvores) de acordo com os fatores de produção utilizados, resultando em grupos de setores distintos, a saber:. Grupo 1, utilizam apenas capital 1 e trabalho, Grupo 2, utilizam também capital 2 e água bruta, e Grupo 3 utilizam também terra irrigável e terra de sequeiro. Foram modelados dois cenários para análise, com o objetivo de representar diferentes instrumentos de gestão: no cenário 1, simulou-se um choque com critério hidrológico (exógeno ao MEGC, dado pelo modelo em redes). Neste cenário 1, cada setor da área de estudo, que utilizava o recurso água bruta, sofre uma redução na disponibilidade hídrica dada pelo modelo baseado em redes, simulando a ação de instrumentos regulatórios diante da escassez – assim, foi feita uma redução específica setor a setor de forma exógena ao MEGC. No cenário 2, simulou-se a ação de um instrumento econômico, aplicando-se a redução na disponibilidade hídrica da área de estudo de forma global, a mesma redução agregada simulada no cenário 1 (-9,4%, de média no ano), deixando que o MEGC então, determinasse endogenamente a nova alocação de água bruta entre os setores na área de estudo. Em cada cenário, assim representativo da ação, diante da escassez, dos dois tipos de instrumentos de gestão, puderam ser analisadas :i) as mudanças nas alocações do recurso hídrico diante do instrumento econômico; ii) as alterações no uso dos demais fatores de produção diante dos dois instrumentos; iii) os impactos sobre variáveis macroeconômicas relevantes (PIB) por setor agregado – agricultura, indústria, serviços – bem como, nos principais setores usuários de água bruta. Vale destacar ainda a análise de ganhos de eficiência por setor econômico, utilizando o indicador water use efficiency (WUE), diante dos dois instrumentos de gestão. Alguns dos principais resultados obtidos pela modelagem integrada desenvolvida nesta tese, mostram que a Região Seca sofre maiores cortes diante do instrumento regulatório (cenário 1), enquanto a região úmida sofre maiores cortes diante do instrumento econômico ( cenário 2); as reduções no PIB das duas regiões Seca e Úmida são maiores diante do instrumento regulatório (cenário 1) do que no econômico (cenário 2); o ganho de eficiência total da área de estudo foi muito próximo em ambos os cenários, mas o ganho de eficiência na indústria da área de estudo foi quase quatro vezes maior diante do instrumento econômico (cenário 2). De uma forma geral, a modelagem desenvolvida pôde comprovar que o instrumento econômico, ao sinalizar a escassez do fator água, e deixar os setores econômicos resolverem suas alocações endogenamente, resulta em transferências proporcionais do recurso água, em relação a regulação, que levam a menores perdas socioeconômicas. Essas transferências por setor agregado, ocorreram do setor industrial principalmente para serviços e em menor proporção para a Agricultura. Analisando por região, essas transferências do setor industrial ocorreram na região úmida, majoritariamente constituída pela indústria de álcool e açúcar, que reduziu o seu uso e aumentou sua eficiência, disponibilizando maiores proporções para a indústria e os serviços da região seca, que incluem setores industriais urbanos. Estes setores agregados nesta região seca (Industria e Serviços), se mostraram mais resilientes e conseguiram elevar o seu PIB, diante da escassez, sendo tais elevações maiores diante da realocação econômica quando comparada à regulação. No caso da agricultura, o discreto aumento na proporção de uso da água com a realocação econômica, em relação à regulação, foi distribuído entre as regiões da região seca para a úmida, sendo que nesta última a proporção de uso na cana irrigada caiu, o que significa que esta água foi usada em outros cultivos. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55903 |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado - Economia |
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