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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55084

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Título: Alimentação por gastrostomia em crianças disfágicas : comparação entre fórmulas comerciais exclusivas e complementadas com dieta artesanal
Autor(es): RÊGO, Camila de Souza
Palavras-chave: Nutrição enteral; Gastrostomia; Transtornos de deglutição; Nutrição da criança; Alimentos formulados
Data do documento: 23-Nov-2023
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: RÊGO, Camila de Souza. Alimentação por gastrostomia em crianças disfágicas: comparação entre fórmulas comerciais exclusivas e complementadas com dieta artesanal. 2023. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: Recentemente a recomendação do uso de dietas artesanais vem crescendo entre os profissionais de saúde. No entanto, é questionável se é possível oferecer uma nutrição enteral adequada, baseada em alimentos culturalmente consumidos, em um contexto de maior vulnerabilidade social. Desse modo, os objetivos desse estudo foram: a)Comparar o consumo alimentar entre crianças e adolescentes em uso de fórmula comercial exclusiva (FCE) versus fórmula comercial complementada (FCC) por gastrostomia; b) Comparar a composição proteica das diferentes dietas utilizadas. Trata-se de um estudo do tipo série de casos com grupo comparação realizado no ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco com crianças e adolescentes com danos cerebrais precoces com disfagia subdivididos em dois grupos de acordo com o tipo de dieta utilizada. A avaliação do consumo alimentar de energia, macronutrientes, cálcio, ferro e fibras foi realizada através do Recordatório alimentar de 24h. Uma amostra de dieta artesanal preparada pelo cuidador foi solicitada para análise físico-química de proteína no laboratório de análise de alimentos. Para avaliação do nível de satisfação dos cuidadores quanto ao uso dos diferentes tipos de dieta, foi utilizada a Escala Likert. Participaram da pesquisa 44 pacientes (7,8 ±2,2 anos). Destes, 21 compuseram o grupo FCC, enquanto 23, FCE. Foi observado que 44% dos indivíduos em uso de FCE apresentavam consumo insuficiente de proteínas e 83% consumo excessivo de lipídios enquanto na FCC 6% de insuficiência no consumo proteico e 69% consumiam lipídios excessivamente. Ao analisar o consumo de cálcio, ferro e fibras, verifica-se que independentemente do tipo de dieta, crianças maiores de 8 anos apresentavam percentuais de inadequação de cálcio próximo a 90% e os menores próximo de 40%. De forma similar, a inadequação de fibras chegou a 100% em todos os grupos avaliados. A mediana-IQR do teor de proteínas (g/100ml) obtido através da análise físico-química em laboratório foi semelhante a relatada pelo cuidador (3,32 - 2,70 a 3,91 vs. 3,34 - 2,72 a 5,44, p=0,68) e a que seria encontrada no mesmo volume da fórmula comercial habitualmente utilizada (3,32 - 2,70 a 3,91 vs. 3,4 - 3,1 a 3,4; p=0,71). Das 18 amostras de dieta, 33% (n=6) tiveram a proteína dentro da faixa recomendada, enquanto 50% (n=9) tinham proteína acima do recomendado. Cuidadores de pacientes em uso de dieta artesanal apresentavam-se mais satisfeitos com esse tipo de dieta quando comparados com o grupo FCE (p=0,04). Desse modo, conclui-se que a utilização de dietas artesanais de forma complementar às dietas, parece reduzir os percentuais de inadequação. O uso de FCE, não garantiu ingestão alimentar adequada de todos os nutrientes, principalmente proteína, cálcio e fibras. Além dos benefícios nutricionais, os cuidadores apresentam maior nível de satisfação com a dieta artesanal. Quando orientada por nutricionistas, a dieta artesanal pode ser elaborada com quantidades satisfatórias de proteína, mesmo em famílias em vulnerabilidade social.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55084
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Saúde da Criança e do Adolescente

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